Relíquias da antiguidade |
Museu Histórico Nacional tem maior coleção de moedas greco-romanas da América do Sul. Catálogo com as 1.750 peças do Sylloge Nummorum Graecorum será lançado em maio |
Em maio deste ano, um detalhado catálogo da coleção será publicado pelo MHN, tornando-se o único “Sylloge Nummorum Graecorum” (SNG) do nosso continente. Este nome, aparentemente complicado, vem do latim e quer dizer “coletânea de moedas gregas”. Trata-se de uma série internacional cujo objetivo é disponibilizar para pesquisa de intelectuais de qualquer parte do mundo a maior quantidade de moedas da Antiguidade. Atualmente, pouco mais de 50 coleções de museus integram esta série. A pesquisadora foi contratada em 2006 pelo museu, com verba da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), para trabalhar no catálogo, cujo intuito era receber o título internacional da SNG, concedido pelo presidente da Biblioteca Nacional de Paris. Ela analisou peça por peça de total de 1,9 mil moedas classificadas como gregas. Com o tempo, o número diminuiu: a análise minuciosa permitiu que ela encontrasse erros de catalogação – a última havia sido feita em 1913 –, moedas falsas e outras desgastadas demais para serem fotografadas para o catálogo. Para Luiz Aranha Correa do Lago, coordenador do projeto e professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, é interessante ver como as figuras impressas na superfície das moedas permitem observar as características socioeconômicas daquelas civilizações. “Podemos observar, por exemplo, como se vestiam e como usavam os cabelos as pessoas da época”, diz o pesquisador. “Os romanos não tinham barba até a época do Imperador Adriano, no século II d.C. Depois dele, todos os imperadores tinham barba”, observa. Ele afirma que as representações eram bem realistas: “Tem sujeito gordo, sujeito com papada, narigudo. Não poupavam ninguém”. No caso de moedas feitas no Egito, o pesquisador lembra que no verso da maioria há a figura de um deus, o que é curioso para ver como os egípcios representavam pictoricamente suas divindades. No “Sylloge Nummorum Graecorum Brasil”, antes de se começar a catalogação, um texto escrito por Correa do Lago conta a história da moeda no período, associando grandes figuras desses quase mil anos de história com as imagens disponíveis no volume. Ao todo, são 3,5 mil figuras: para cada peça, duas fotos (frente e verso). [acima, moeda Dióbolo, cunhada entre 550 e 436 a.C] Pra quem quer uma dica e mora por lá ou tá de passagem, é uma boa pedida. até mais. |
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Aos Numismatas de Plantão.
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