Dilma apoia Líbia, mas diz que morte de Kadafi não deve ser celebrada
Presidenta afirmou que o mundo deve apoiar e incentivar o processo democrático da Líbia
Foto: AFP
Presidenta brasileira, Dilma Rousseff, recebida com honrarias militares em Luanda, Angola
"O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve – eu não acho que comemorar é a palavra – apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia."
A reação de Dilma à morte de Kadafi ocorreu ao mesmo tempo em que líderes de diversos países ocidentais comemoraram o "fim da tirania" com a morte do líder deposto, que esteve por 42 anos no poder.
O primeiro a fazer um anúncio público foi David Cameron, dizendo que hoje é um dia para o mundo lembrar as vítimas de Kadafi ou do terrorismo apoiado "pela Líbia". Ele citou a explosão de um avião da Pan-Am em 1988, cujo único condenado é um líbio, que, depois de anos em prisão escocesa, foi libertado em 2009 por conta de seu estado de saúde.
O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que agora era o momento para a "reconciliação na unidade e liberdade", segundo informou a agência Reuters. Ele afirmou que os eventos anunciados nesta quinta representam o começo do processo democrático na Líbia.
Tanto o representante francês quanto o britânico estiveram em Trípoli em setembro, um mês depois da capital ter sido controlada pelos então rebeldes.
A morte de Kadafi, que estava foragido desde agosto, foi anunciada nesta quinta pelo premiê do CNT, Mahmoud Jibril. "Esperávamos por esse momento há muito tempo. Muamar Kadafi foi morto", disse Jibril durante uma coletiva na capital do país, Trípoli.
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