segunda-feira, 26 de setembro de 2011

23 de setembro de 1939 – Morre Freud, o pai da Psicanálise



Aos 84 anos de idade, morreu Sigmund Freud, num hospital de Londres, capital do Reino Unido. Acredita-se que o pai da psicanálise tenha falecido devido a uma dose excessiva de morfina, utilizada para amenizar dores na garganta, originadas de um câncer na mandíbula. No fim da vida, um dos maiores gênios do século XX se submeteu a mais de trinta cirurgias, no intuito de eliminar a doença que, na época, não tinha cura ou tratamento eficaz.

Filho de judeus, Freud nasceu na Morávia, território pertencente ao antigo Império Austro-húngaro. Aos quatro anos de idade, por motivos financeiros, sua família se mudou para Viena, onde o pensador passou a maior parte de sua vida, desenvolvendo seu trabalho que revolucionaria os estudos da mente e comportamento humanos, ao longo do novecentos. Em 1938, velho e perseguido pelo nazismo, foi obrigado a exilar-se em Londres para escapar da polícia do regime, a qual levara seus quatro irmãos à morte no campos de concentração de Auschwitz.




Durante os longos anos em que viveu na Áustria, o médico fisiologista e neurologista se dedicou principalmente ao estudo da mente humana, elaborando o conceito do inconsciente, base da teoria psicanalítica. Seus estudos começaram ao analisar pacientes com histeria, por meio do método da hipnose, que possibilitava o médico a ter acesso à memória reprimida do paciente, conseguindo, em muitos dos casos, encontrar as origens escusas da doença. Posteriormente, adotou a terapia baseada na interpretação dos sonhos e livre associação de idéias, como fontes dos desejos inconscientes.

Suas teorias foram controversas e muito polêmicas na Europa pré-Segunda Guerra. Na década de 60, no entanto, a psicanálise passou a ser difundida pelo mundo, ganhando status de ciência. Apesar de haverem inúmeras discussões acerca da comprovação científica da existência do ID, Ego e Superego, é inevitável afirmar que Freud elaborou um dos melhores modelos para explicar a mente humana até hoje.

22 de setembro de 1897 - Guerra de Canudos: Chega ao fim a saga de Antonio Conselheiro


Livro de anotações de Antonio Conselheiro. Teixeira/AJB

Apontamentos dos preceitos da Divina Lei do Nosso Senhor Jesus Christo para a salvação dos homens, pelo peregrino Antonio Vicente Mendes Maciel no Povoado do Bello Monte, Província da Bahia em 24 de maio de 1895.

"Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer e se tiver sede, dá-lhe de beber, porque se isto fizeres, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". Antonio Conselheiro

Jornal do Brasil: Sexta-feira, 04 de outubro de 1896
O Nordeste brasileiro no final do século XIX não era muito diferente de hoje. Além de estar à mercê da seca e da fome, a população carente vivia em total abandono por parte das autoridades. Foi nesse quadro social, ideal para a disseminação do fanatismo religioso, que entrou em cena o beato Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro. Intitulando-se enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e os pecados republicanos, percorreu o sertão pregando transformações e profetizando o fim do mundo. Conseguiu conquistar uma legião de fiéis confiantes no seu poder de libertação da extrema pobreza em que se encontravam. E despertou a ira das autoridades e da igreja que, temerosos de seu poder de persuasão, acusavam-no de fonte do mal. Para refugiar-se com seus seguidores, em 1893, Antonio Conselheiro chegou ao arraial de Canudos, no interior da Bahia, área isolada e de difícil acesso onde começou a formar uma grande comunidade de pobres e maltrapilhos, com aproximadamente 30 mil pessoas.

Sem a habilidade necessária para contornar a situação, o governo da Bahia passou a repreender as práticas do grupo com a força policial. Eclodiram inúmeros, e cada vez mais violentos, conflitos, fazendo com que, exaurido, o governo baiano pedisse a interferência da República em 1896. Essa também encontrou dificuldade para conter os fanáticos. No início de 1897, foi necessário aliar às investidas do Exército um cerco militar que impedisse o grupo de sair em busca de alimento. Com a debilidade da comunidade, o massacre de Canudos passou a ser questão de tempo.

E no dia 22 de setembro acabava a saga de Antônio Conselheiro. Fragilizado fisicamente, morreu, segundo estudiosos, por estilhaços de uma granada. Considerado por renomados intelectuais da época como um desajustado mental, Antônio Conselheiro foi decapitado, depois de morto. E sua cabeça foi utilizada em estudos científicos.

Sem a égide de seu líder, em poucos dias, a comunidade de Canudos foi dizimada. O massacre foi tamanho que não foram poupados idosos, mulheres e crianças.

Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país. E simbolizou a descoberta de um mundo desconhecido para o próprio brasileiro: os sertões.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Alguns são, outros se intitulam.

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'..
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui,

agradeça a ele!


Defesa da classe!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Abraços a todos!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Anais Eletrônicos do IX Encontro Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História

Anais Eletrônicos do IX Encontro Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História, realizado nos dias 18, 19 e 20 de abril de 2011, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. Clique na imagem para acessar.




As invenções- O 7 de setembro

Isabel Lustosa para o Estadão


Quando se deu realmente a Independência do Brasil? Porque, quando consultamos os jornais de 1822, não há nenhuma referência ao que se passou nas margens do Ipiranga em 7 de setembro? Porque aquele episódio foi escolhido em detrimento de outros, quando sabe que, em 1822, a data tomada como marco da Independência foi o 12 de outubro, dia do aniversário de dom Pedro I e de sua aclamação como imperador? Essas e outras questões foram respondidas, em artigo de enorme valor acadêmico, porém pouco conhecido, publicado em 1995, pela historiadora Maria de Lourdes Viana Lyra, sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


Intrigada com o silêncio da documentação e das publicações do ano de 1822 sobre o 7 de setembro, Lourdes Lyra devassou essa história e estabeleceu ponto por ponto o processo e os interesses envolvidos na escolha do 7 de setembro como data da Independência. Um ponto que merece realce é que os documentos que supostamente dom Pedro I teria lido às margens do Ipiranga no dia 7 só teriam chegado ao Rio de Janeiro em 22 de setembro. Outro é que o primeiro relato detalhado do episódio do Ipiranga só foi publicado em 1826, em momento de desprestígio do imperador diante dos brasileiros que tinham feito a Independência e que se indignaram com as bases do tratado assinado com Portugal.

A Inglaterra, que representou junto à Corte do Rio de Janeiro seus próprios interesses e os da Coroa portuguesa, pressionara o imperador. Dom Pedro foi convencido a aceitar que, no tratado pelo qual Portugal reconhecia a nossa Independência, ao contrário de todos os documentos do ano de 1822 que a davam como uma conquista dos brasileiros, constasse que esta nos fora concedida por dom João VI. Este era também reconhecido como imperador do Brasil que abdicava de seus direitos ao trono em favor do filho e ao qual ainda tivemos de pagar vultosa indenização. O patente interesse de dom Pedro em conservar seus direitos à sucessão do trono de Portugal, que essa fórmula do tratado revelava, apontava no sentido de uma posterior reunificação dos dois reinos.

Um príncipe que se declarara constitucional, que desde o Fico (9 de janeiro de 1821) vinha sendo aclamado até pelos setores mais liberais, que rompera com Lisboa e convocara eleições para uma Assembleia Constituinte, tão amado que recebera da Câmara o título de Defensor Perpétuo do Brasil, fora pouco a pouco se convertendo num tirano. Primeiro, ao dissolver a Assembleia Constituinte, depois, pela forma violenta com que reprimiu a Confederação do Equador e, finalmente, pela assinatura do vergonhoso tratado.

É nesse contexto que a escolha do 7 de setembro como data da Independência ganha sentido. Segundo Lourdes Lyra, até então tinham sido consideradas as seguintes datas decisivas para o processo: o 9 de janeiro, dia do Fico; o 3 de maio, dia da inauguração da Assembleia Constituinte Brasileira; e o 12 de outubro, dia da Aclamação. Foi o esforço concentrado do Senado da Câmara (atual Câmara Municipal) do Rio de Janeiro, durante o mês de setembro de 1822, enviando mensagem à Câmaras das principais vilas do Brasil - num tempo em que eram as vilas e cidades as instâncias decisivas da política portuguesa -, que fez com que, na fórmula consagrada, constasse que dom Pedro fora feito imperador pela "unânime aclamação dos povos". Foi o apoio das Câmaras e de setores da elite e do povo do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais que deu forças ao príncipe para se contrapor às decisões de Lisboa.

Segundo bem demonstra Lourdes Lyra, a opção pelo 7 de setembro casava bem com a ideia de que a Independência fora obra exclusiva de dom Pedro e essa data foi estrategicamente escolhida para a assinatura do tratado de 1825. Foi a partir de então que começaram a surgir referências mais entusiásticas ao 7 de setembro no Diário Fluminense, que fazia as vezes de órgão oficial do governo, e, em 1826, esse dia foi incluído entre as datas festivas do Império. Essa obra in progress foi reforçada ainda naquele ano pela publicação do famoso relato do padre Belchior, a primeira descrição minuciosa dos fatos que se verificaram às margens do Ipiranga por uma testemunha ocular da História. Ao lado deste, dois outros relatos publicados bem mais tarde por membros do grupo que acompanhou dom Pedro a São Paulo passariam a ser a fonte privilegiada para o estudo da data.

O coroamento da obra se deveria ao Visconde de Cairu, intelectual respeitado que se conservou sempre aos pés do trono. Em sua História do Brasil, publicada em partes entre 1827 e 1830, Cairu afirma que a Independência do Brasil foi "obra espontânea e única" de dom Pedro, que a tinha proclamado "estando fora da Corte, sem ministros e conselheiros de Estado, sem solicitação e moral força de requerimento dos povos". Estava entronizado o mito do herói salvador, e postos na sombra os outros protagonistas, como José Bonifácio, Gonçalves Ledo e os membros de todas as Câmaras que impulsionaram e sustentaram o príncipe em suas decisões. Sem esse poderoso elenco de coadjuvantes, ao contrário do que afirma Cairu, não teria ocorrido a Independência.

É interessante como símbolos forjados a partir de circunstâncias fortuitas se podem transformar com o tempo. Prova de que na memorabilia pátria menos que os fatos importam o peso que a tradição lhes imprimiu. Foi assim, durante todo o Império com a Constituição de 1824. O gesto de sua criação - ela foi outorgada, e não resultou da deliberação de uma Assembleia - não impediu que ela fosse respeitada e sacramentada até muito depois da deposição de dom Pedro I. O mesmo se deu com o 7 de setembro. A data impôs-se sobre as demais, hoje esquecidas, e continuou a ser festejada com o mesmo entusiasmo depois da abdicação, em 7 de abril de 1831, e bem depois de proclamada a República.


Isabel Lustosa é cientista política pelo IUPERJ. É historiadora da Casa de Rui Barbosa no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

História & Thrash Metal

Banda brasileira de Thrash Metal inova ao compor músicas sobre história do Brasil e se destaca por conquistar fãs brasileiros e no exterior

Duas poderosas guitarras fazem os solos, acompanhadas por uma bateria animada, um baixo potente e um vocal gutural, no melhor estilo Sepultura. O Tamuya Thrash Tribe (TTT) bem que poderia ser vista como mais uma banda de Thrash Metal. Mas não é. Ela possui uma proposta que a diferencia do que existe no atual cenário do metal brasileiro: todas as suas letras se baseiam na história do Brasil.

Formada há aproximadamente um ano, no Rio de Janeiro, a banda é composta por Luciano Vassan (Guitarra e Voz), Leonardo Emanoel (Guitarra), Alex Tiyug (Baixo) e Guilherme PollIg (Bateria). Em entrevista ao Falando de História e algo mais, o vocalista do TTT, Luciano Vassan, um publicitário de 32 anos, explicou como surgiu a ideia de formar uma banda cujas letras se inspiram em fatos e personagens da história brasileira:

- Nós tínhamos uma banda "cover". E em agosto do ano passado, fomos convidados para fazer uma festa no Rio. Era uma festa com bandas de músicas com temática Viking, algo que é bastante comum na Europa. Preparamos um repertório e todos curtiram bastante. Então, alguém sugeriu: façam uma banda Viking! Nós achamos estranho. Somos brasileiros, não tem muito a ver. Mas a ideia era boa. Então, o que fizemos foi trocar os Vikings pelos índios e outros temas da história do Brasil. Foi assim que surgiu o Tamuya Thrash Tribe. O nome "Tamuya" vem da Confederação dos Tamoios. É a palavra em Tupi para Tamoio.

O elemento brasileiro não chega a ser uma novidade no universo do metal. A banda brasileira Sepultura, por exemplo, de enorme sucesso internacional, sempre flertou com temáticas indígenas. Um de seus mais importantes álbuns, "Roots" (1996), contou com a participação do músico Carlinhos Brown na canção "Ratamahatta" e diversas faixas tiveram a presença marcante de instrumentos tipicamente brasileiros, como o berimbau, o que deu ao disco uma sonoridade bastante tribal. "Roots" teve ainda duas músicas gravadas com os índios xavantes Jasaco e Itsari, no Mato Grosso. No entanto, esse experimentalismo do Sepultura marcava sobretudo um momento da banda. Nunca chegou a ser a sua essência, o seu principal projeto. Por isso, o Tamuya Thrash Tribe é tão original. Todas as suas letras abordam elementos da história do Brasil Colônia do Brasil Império. O próprio nome, como explicado por Vassan, é uma referência explícita a sua "brasilidade". E como as letras são compostas em língua inglesa, o TTT ainda divulga, de quebra, a história do Brasil para outros países.

Embora recém-formado, o Tamuya Thrash Trib já está alçando voos mais altos. Há três semanas, lançaram o primeiro cd, intitulado “United”, que traz seis faixas. O trabalho foi gravado em três meses, entre maio e julho de 2011 no "Lokomotiv Studio", na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. A produção é totalmente independente, da gravação ao design gráfico da capa. As seis músicas foram compostas por Vassan. Para escolher os temas da canção o vocalista recorreu a livros didáticos e, principalmente, a internet.

- As bandas Vikings se orgulham de sua história. Mas nós também devemos nos orgulhar da nossa. O Brasil tem 500 anos de história. Temos muita coisa para falar, assunto inesgotável para letras de músicas. Não precisamos de forma alguma nos sentir diminuídos diante da história européia.

Mesmo sendo uma banda que escreve e canta temas relacionados a história do Brasil, Vassan faz ponderações importantes:

- Não queríamos nada que lembrasse a leitura de um livro. Não se trata de um relato histórico. Há alguma liberdade poética. A banda não tem pretensão de querer ensinar história. Não é isso. Mas bem que pode ser uma ótima iniciação. O estudante gosta da música, se interessa pelo tema que é cantado e vai procurar mais à respeito, pode ficar mais atento às aulas. Se servir para despertar a curiosidade já está ótimo.

O Tamuya Thrash Tribe fez seu primeiro show no último mês de agosto no bar de rock "Calabouço", na Tijuca. Na ocasião, os ingressos foram esgotados. E no que depender do rápido crescimento dos fãs, é bem provável que o TTT não saiba mesmo o que é um show vazio. Até o momento, a banda já possui mais de 1200 amigos em sua página no Facebook e mais de 1700 seguidores no Twitter, entre brasileiros e estrangeiros . Isso sem falar dos perfis da banda em outras redes sociais, como o Myspace e Youtube, que contabilizam centenas e até milhares de visualizações. “Há pessoas do Canadá e Turquia que falam comigo todo dia, tentando arrumar shows para nós nesses países” – revela Vassan.

É muito fácil conhecer o trabalho do Tamuya. Basta acessar o Myspace da banda. Todas as musicas estão disponíveis na íntegra via streaming. Mas atenção: se você não está habituado com a voz gutural do Thrash Metal, não deixe de acompanhar as letras. Por isso, abaixo, você encontra não apenas os links para as músicas, como também os links para as comunidades da banda em outras redes sociais e todas as letras do álbum “United”.

O Tamuya está agendando shows no Rio de Janeiro e São Paulo. Então, para quem gosta do estilo, basta ficar atento às comunidades de Luciano Vassan e companhia.


Conheça as comunidades do Tamuya nas redes sociais

www.tamuyathrashtribe.com (em construção)
www.facebook.com/tamuya.thrash (perfil)
www.facebook.com/TamuyaThrashTribe (fan page)
www.facebook.com/TamuyaThrashTribe?sk=app_178091127385 (fan page, abrindo direto no player, caso for colocar o link em algum lugar)
www.twitter.com/tamuyathrash
www.myspace.com/tamuyathrashtribe

Foto: "Calabouço", Rio de Janeiro. Por Elisa Travalloni

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Última 'comedor de pecados' comemorado com serviço de igreja


O reverendo Norman Morris no túmulo de Richard Munslow de O reverendo Norman Morris levou o serviço para Richard Munslow
O túmulo restaurado dos últimos conhecido "comedor de pecados" em Inglaterra tem estado no centro de um serviço especial em um cemitério da aldeia Shropshire.
Ativistas levantou £ 1,000 para restaurar o túmulo de Richard Munslow, que foi enterrado em Ratlinghope em 1906.
Sin-eaters eram geralmente pessoas pobres paga para comer pão e beber cerveja ou vinho ao longo de um cadáver, na crença de que teria de assumir os pecados dos falecidos.
Desaprovada pela Igreja, o costume, principalmente morreu no século 19.
Foi predominante no Marches, a terra ao redor da borda Inglaterra, País de Gales, e no norte de Gales, mas raramente foi realizado em nenhum outro lugar.
Crentes pensamento o pecado comedor de assumir os pecados de uma pessoa que morreu de repente, sem confessando os seus pecados permitiria que o falecido alma para ir para o céu em paz.
Enquanto a maioria dos sin-eaters eram pessoas pobres ou mendigos, o Sr. Munslow era um fazendeiro bem estabelecida na área.

"Start Citação

Esta cova em Ratlinghope está agora em excelente estado de conservação, mas não tenho desejo de restabelecer o ritual que foi com ele "

O reverendo Norman Morris, o vigário de Ratlinghope, uma aldeia de cerca de 100 residentes no Mynd longo perto de Church Stretton, liderou o "Deus Acre" serviço na Igreja de St Margaret.
Morris disse: "Era uma prática muito estranho e não teria sido aprovado pela igreja, mas eu suspeito que o vigário, muitas vezes faziam vista grossa à prática."
Moradores começaram a coleção para restaurar o túmulo, que tinha caído em desuso nos últimos anos, acreditando que seria bom para realçar o costume e colocar o Sr. Munslow na história religiosa.
Demorou alguns meses para levantar a 1.000 libras necessárias para pagar a obra, realizada por locais pedreiro Charles Shaw.
Morris disse: "Esta cova em Ratlinghope está agora em excelente estado de conservação, mas não tenho desejo de restabelecer o ritual que foi com ele."

Fonte: BBC News 

O Devorador de Pecados


Devorador de pecados refere-se a uma pessoa que, através de meios rituais, por meio de comida e bebida assume os pecados de uma pessoa, muitas vezes por causa de uma morte recente, assim absolvendo a alma e permitindo que a pessoa descanse em paz. No estudo do folclore devorador de pecados é considerado uma forma de magia religiosa.
Este ritual é dito ter sido praticado em partes da Inglaterra e Escócia, e supostamente sobreviveu até final do século 19 ou início do século 20 no País de Gales e os adjacentes Welsh Marches de Shropshire e Herefordshire, bem como certas partes da Appalachia na América.
Tradicionalmente, era realizada por um mendigo, e algumas aldeias mantinham seus próprios devoradores de pecados. Eles seriam levados para o leito do moribundo, onde um parente colocaria um pedaço de pão no peito do moribundo e passava uma tigela de cerveja para ele sobre o cadáver. Depois de rezar ou recitar o ritual, ele, então, bebia e remover o pão da mama para comê-lo, o ato de que iria remover o pecado da pessoa que está morrendo e levá-la para dentro de si.
História
A figura do devorador de pecados embora tenha várias referências na cultura moderna, as questões de como era a prática comum, e as interações entre o devorador de pecados e as pessoas comuns permanecem no reino do folclore.
A representação de Tlazoteotl, como denominado no manuscrito Códice Borgia.
Tlazolteotl, a deusa asteca da terra, da maternidade e da fertilidade, tinha uma função redentora nas práticas religiosas da civilização Mesoamérica. No final da vida de um indivíduo, ele é autorizado a confessar seus crimes a esta divindade, e segundo a lenda ela limpa sua alma "comendo a sua sujeira".
Uma lenda local, em Shropshire, Inglaterra, diz respeito ao túmulo de Richard Munslow, que morreu em 1906, disse ser o último devorador de pecados da área: 
"Ao comer pão e beber cerveja, e fazendo um breve discurso ao lado da sepultura, o devorador de pecados tomou sobre si os pecados do defunto". O discurso foi escrito como: ".... Eu dou servidão e descanso agora a ti, querido homem. Não venham em nossas vias ou nos nossos prados. E para a tua paz eu comprometo minha própria alma. Amém"
O livro Funeral Customs (práticas funerais), Bertram S. Puckle (1926) menciona o devorador de pecados:
"O professor Evans do Colégio Presbiteriano, Carmarthen, realmente viu um devorador de pecados no ano de 1825, que vivia perto de Llanwenog, Cardiganshire. Abominável pelos aldeões supersticiosos como o imundo, o devorador de pecados cortou todas suas relações sociais com seus semelhantes por causa da vida que havia escolhido; ele viveu como uma regra em um lugar remoto por si mesmo, e aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo o evitavam como se fosse um leproso. Este infeliz foi detido por bruxaria, encantamentos e práticas profanas; apenas quando a morte lhe ocorreu que eles o procuraram, e quando seu propósito foi realizado queimaram a tigela de madeira e do prato de onde ele havia comido o alimento entregue em todo, ou colocado sobre o cadáver de seu consumo". 
Howlett menciona o devorador de pecados como um velho costume em Hereford, e, portanto, descreve a prática: "O cadáver sendo retirado da casa, e posicionado em um esquife, um pedaço de pão que fica sobre o cadáver é dado ao devorador de pecados, também uma tigela, cheia de cerveja. Estes consumidos, uma taxa de seis pence foi-lhe dado por consideração de ter tomando sobre si os pecados do falecido, que, assim, liberto, não queria vargar após a morte."

A Encyclopaedia Britannica 1911 afirma em seu artigo sobre o "devorador de pecados":
"A sobrevivência simbólica do que (o devorador de pecados) foi testemunhada recentemente, em 1893, Market Drayton, Shropshire. Depois de um serviço preliminar foi realizada sobre o caixão na casa, uma mulher derramou um copo de vinho para cada portador e entreg um um 'biscuit funeral'. Na Alta Baviera o devorador de pecados ainda sobrevive: um bolo de cadáver é colocado sobre o peito do morto e, em seguida, comido pelo parente mais próximo, enquanto na península balcânica uma imagem do felecido num pão pequeno é feito e consumido pelos sobreviventes da família. Os dead-cake holandeses marcados com as iniciais do falecido, introduzidos na América no século 17, foram por muito tempo dado aos atendentes em funerais na antiga Nova York. Os bolos de enterro, que são continuam a ser feitos em partes da Inglaterra rural, por exemplo, Lincolnshire e Cumberland, são quase certamente uma relíquia do devorador de pecados".

Um funcionário menos conhecidos, mas ainda mais notável, cujos serviços profissionais eram consideradas necessárias para os mortos, é o pecado comedor. Tribos selvagens foram conhecidos para abater um animal no túmulo, na crença de que iria tomar sobre si os pecados dos mortos. Da mesma forma, foi a província de bode expiatório humano para tomar sobre si as transgressões morais de seu cliente - e independentemente das consequências pode ser na vida depois - em troca de uma taxa miserável e uma refeição escassa. Que tal criatura deveria ser desenterrado de um período remoto da história pagã seria surpreendente o suficiente, mas para encontrar evidências confiáveis ​​de sua existência nas ilhas britânicas de cem anos atrás, é certamente muito mais notável.

Em meus estudos* deparei-me com o relato do Professor Evans do Colégio Presbiteriano, Carmarthen, descrito no lirro Funeral Customs, by Bertram Puckle, e que  realmente assistiu a um comedor de pecados  sobre os anos 1.825 , que estava morando perto Llanwenog, Cardiganshire. Abominado pelos aldeões supersticiosos como o imundo, o comedor de  pecado  tinha se afastado de todas as relações sociais com seus semelhantes por causa da vida que ele tinha escolhido, ele viveu como uma excessão em um lugar remoto por si mesmo, e todos os demais da tribo o haviam evitado como se ele fosse um leproso. Este infeliz foi detido para ser o adjunto de espíritos malignos, e dado a feitiçaria, encantamentos e práticas profanas; apenas quando a morte ocorria é que eles o  procuravam-no, e quando seu propósito foi realizado queimaram a tigela de madeira e do prato do qual ele havia comido o alimento entregue em todo, ou colocados no corpo para seu consumo.
Howlett menciona o pecado de comer como um velho costume em Hereford, e, portanto, descreve a prática: "O cadáver sendo retirado da casa, e colocou em um esquife, um pedaço de pão foi dado ao comedor de pecados e  sobre o cadáver, também uma maga-tigela de maple, cheio de cerveja. Estes consumida, uma taxa de seis pence foi-lhe dado para a consideração de ter tomado  sobre si os pecados do falecido, que, assim, libertos, não queria andar após a morte impuro. " Ele sugere a ligação entre o comedor de pecado e  do bode expiatório com a velha tradição  judaica do Velho Testamento.

Juliana Abreu