domingo, 28 de agosto de 2011

Texto sobre Políticas Públicas e arquivos


Os Arquivos e suas barreiras de acesso.
Juliana Abreu Pereira

Somos produtores e atores de nossa história, e durante eras nossos passos foram contados de acordo com o interesse do locutor. Hoje, podemos através de resquícios, acessar documentos que refutam ou corroboram a história como é contada, e mais, conhecer a negada história  cotidiana (vencidos). Mas quem dera fosse tão fácil assim. Que tipo de política é empregada para que a informação seja acessada por quem dela precisar ou se interessa?
            A carta magma nos garante o direito à informação, porém esta é guardada em locais vários. Os mais comuns são chamados de arquivos os de interesse Histórico ou Público geralmente são abertos à população, mas não sem ressalvas. Seja de forma moderada, ou mais severa, certos arquivos ainda não podem ser consultados por seus pesquisadores, ou, por falta de estrutura física, ou por falta de recursos Humanos ou ambos, sem falar que muitos locais não oferecem acessibilidade física aos seus visitantes com algum tipo de necessidade específica.
            O temo política tornou-se demasiadamente desgastado, e o público desacreditado, porém não esqueçamos que a peça proponente das ações são os elegíveis, e a pressão de opinião ainda é nossa, ou seja, da população que usa, ou ainda usará estes serviços, portanto a ação da sociedade não pode ser tratada como utópica, pois, só reforçaria o desejo de uma massa que deseja que nossos direitos permaneçam limitados á seus próprios interesses.
            Então de quem é a responsabilidade pelo acesso à informação afinal? De todos nós. Sociedade, que devemos intervir nas propostas de planos de ação das políticas públicas referentes à informação e seus arquivos, na forma como cobrarmos as atitudes dos nossos governantes responsáveis pela administração direta dos Arquivos, que determinam o que é prioridade na manutenção destes espaços, quando o fazem.
                Devemos ocupar uma posição atuante frente a sugestão de propostas de políticas justas ao acesso à informação, visando sua implementação  e como resultado final a aplicação, e ter uma postura rígida frente a cobrança das liderança político-administrativas para que cumpram seu papel de mantenedores responsáveis pela manutenção desses espaços de memória.
Referencias Bibiográficas
SOUSA,Renato Tarciso Barbosa de. O arquivista e as políticas públicas de arquivo. In II Congresso Nacional de Arquivologia, Porto Alegre – RS, julho de 2006, p. 2-3.

www.museuscruzalta.blogspot.com

Olá pessoal tudo bem?
To informanado que agora os Museus Erico Verissimo e o Museu Histórico Municipal de Cruz Alta, teem um espaço virtual, é o blog www.museuscruzalta.blogspot.com , que vai postar informações, novidades sobre exposições, fotos do pessoal e das excursões em geral e ainda dialogar com o público, deem uma passada lá.
Abraços,


Juliana Abreu-Agosto

Prêmio Sílvio Romero de Monografias


Concurso do Iphan/MinC fomenta a pesquisa sobre folclore e cultura popular brasileira
Estão abertas as inscrições para o Concurso Sílvio Romero de Monografias sobre o Folclore e Cultura Popular para o ano de 2011. O prêmio é concedido, anualmente, desde 1959, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan/MinC), por meio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) e visa ampliar os estudos sobre o folclore e a cultura brasileira, com ênfase na atualização da produção de conhecimentos no país.
As inscrições estão abertas até às 18h do dia 2 de setembro e podem ser realizadas mediante a entrega das monografias no endereço do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (Rua do Catete, 179, Rio de Janeiro, CEP. 22.220.000) ou remetidas por correio ao mesmo endereço. Serão concedidos prêmios de R$ 13 mil e R$ 10 mil aos candidatos classificados em primeiro e segundo lugares, respectivamente.
A Comissão julgadora poderá conceder, ao seu critério, até três Menções Honrosas, agraciadas exclusivamente com o título em destaque. O júri se reunirá até a segunda semana do mês de dezembro, quando deverá divulgar o resultado do certame.
As monografias deverão ser inéditas e versarem sobre qualquer segmento do campo da cultura popular e do folclore brasileiro. Serão avaliadas pela contribuição que prestarem ao aprofundamento e a inovação dos estudos nestas áreas e também pela originalidade do tema e da abordagem do trabalho. Também serão considerados outros aspectos, como o domínio de bibliografia especializada, a consistência na argumentação e a clareza na apresentação dos resultados. O trabalho poderá ser individual ou de equipe e cada autor só poderá concorrer com uma única monografia.
Veja o edital

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Por Jonathan Caino- Nossa HIstória- Cruz Alta era assim....

Parabéns Cruz Alta

Em junho de 1821 um grupo de moradores de um pequeno povoado emitiu um documento solicitando autorização para a construção de uma capela, necessária para a administração dos sacramentos. Em 18 de agosto do mesmo ano, exatos 190 anos atrás, o Comandante de Armas da Fronteira emitiu outro documento, autorizando a construção da capela e estabelecendo as regras para o traçado urbano da vila, o que viria a acontecer somente em 1825. Isso porque havia por aqui a "incômoda presença dos bugres", que hostilizaram nossos bravos primeiros povoadores. (Curiosa inversão de valores essa, onde aqueles que viviam nessas terras há séculos são os hostis. Mas foi assim que nos contaram, sigamos a corrente). Desde então os "selvagens hostis" foram rechaçados e a cidade cresceu; escravos foram castigados - alguns enforcados - na atual praça da matriz, lavradores e posseiros pobres foram expropriados e expulsos de suas terras quando a lei de terras permitiu que os grandes estancieiros - detentores da grana - comprassem e legitimassem a posse de áreas que nem sempre eram de fato suas, e trabalhadores pobres da Capoeira e do Barro Preto foram tratados como vagabundos, bêbados, criminosos, por seus contemporâneos republicanos que deixaram suas marcas na belíssima arquitetura histórica de nossa cidade.

190 anos de uma linda história.

Comemoremos os feitos dos heroicos tropeiros que fundaram nossa vila, lembremos de João José de Barros, Vidal do Pilar, Pinheiro Machado, Firmino de Paula...

E que haja muita festa na praça do degolador, afinal não podemos esquecer do nosso passado, certo?

SUgestão de Leitura-Cafezinho com proza e leitura


História do Mundo Contemporâneo


Combinando bom projeto editorial com conteúdos relevantes sobre o século XX, livro do professor Norman Lowe pode ser visto como uma referência para alunos e professores desde o Ensino Médio até a graduação

Os campos da história e das relações internacionais ganharam uma referência bibliográfica de peso: a quarta edição do livro “História do Mundo Contemporâneo”, do professor americano Norman Lowe. A obra, publicada no Brasil pela Editora Penso, cumpre um papel pedagógico importante para aqueles que debruçam o século XX: apresenta uma síntese crítica e reflexiva da história contemporânea, indo desde a deflagração da Primeira Guerra Mundial até questões do tempo presente, como a epidemia do vírus HIV.

“História do Mundo Contemporâneo” é altamente indicado para graduandos e até mesmo para estudantes do Ensino Médio, sobretudo por seu didatismo. O livro é dividido em seis partes: I.Guerra e Relações Internacionais; II.Ascensão do Fascismo e dos Governos de Direita; III.O Comunismo: Ascensão e Queda; IV.Os Estados Unidos da América; V. A Descolonização e o Período Posterior; VI. Problemas Globais. Esta divisão, como se pode perceber, evita uma ritmo temporal linear excessivo, algo que quase sempre torna outras obras lacunares e problemáticas para a aprendizagem em história.

Mas não é semente este aspecto que faz do livro um produto diferenciado. É preciso ressaltar a sua edição interna. O conteúdo dos vinte e sete capítulos que compõem a obra é dividido em duas colunas. Isso faz com que a leitura se mais rápida e agradável. Há ainda em todo o texto vários títulos e subtítulos, artifício que impede a formação de grandes blocos de leitura. A obra é rica em mapas, tabelas e fotos. Ao final de cada capítulo, o grande trunfo do livro: exercícios propostos e que se se baseiam em fontes primárias reproduzidas em boxes. Isso faz com que “História do Mundo Contemporâneo” se torne também um livro que pode ser adotado por professores.

No que tange aos conteúdos, o que há de mais importante está no livro: as duas guerras mundiais, a expansão do comunismo, a ascensão do nazifascismo, o nascimento da nova rodem mundial, o terrorismo global, o grande salto da China, a hegemonia dos Estados Unidos, os problemas sociais na perspectiva demográfica e muitos outros. Mas embora seja um livro de síntese histórica, “História do Mundo Contemporâneo” não se limita a revelar dados factuais. Também há discussão conceitual e historiográfica, o que é outro trunfo seu. Exemplo: no capítulo sobre a Itália da primeira metade do século XX, o autor debate conceitos como totalitarismo e fascismo. Em suma, um livro indicado para consulta, confecção de provas ou mesmo para deixar na cabeceira da cama.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A NORMALIDADE DA IMPERFEIÇÃO HUMANA - De perto ninguém é normal

A NORMALIDADE DA IMPERFEIÇÃO HUMANA - De perto ninguém é normal
Autoria: Dra. Ana Beatriz Barbosa Sila


Quando penso na palavra gente, uma sensação boa e terna me invade a mente: eu gosto de gente, e esse gosto me faz "fuçar" cada vez mais nosso motor central – o cérebro – na busca de respostas que me levem a detectar, compreender, criar empatia e, sempre que possível, ajudar as pessoas (nossa gente) a ter uma existência mais confortável consigo mesmas e com o mundo em redor.

Mas, como boa amante da música popular brasileira, gente me lembra Caetano Veloso. Foi Caetano que nos levou a refletir sobre o conceito de normalidade quando, em uma de suas músicas – "Vaca profana" -, disse que "de perto ninguém é normal".

Interessante como o conhecimento humano se manifesta em todas as áreas de expressão, pois no início do século passado Freud – pai da psicanálise – afirmou a mesma ideia com as seguintes palavras: "Toda pessoa só é normal na média".

Parece uma grande "loucura", no entanto Freud, Caetano e todas as pessoas do planeta temos algo em comum: nenhum de nós possui um cérebro perfeito. Entendendo-se como perfeito o cérebro que produza seus neurotransmissores – nossos "combustíveis cerebrais" – em quantidades exatas ou iguais e faça com que cada parte exerça suas funções tão bem como os demais, obtendo assim um desempenho máximo em todas elas. Se olharmos bem ao redor, constataremos facilmente essa realidade. Quem não conhece alguém genial na criação de complexos programas de computador, ou mesmo projetos inovadores de engenharia, que, por outro lado, apresenta profunda dificuldade em seus relacionamentos sociais, principalmente afetivos e emocionais?

Podemos concluir que um cérebro perfeito é uma impossibilidade humana. Todos eles têm seus pontos fortes – talentos, dons ou aptidões – e seus pontos limitantes – inabilidades, inaptidões ou "fraquezas" -, que, com o tempo e com empenho, aprendemos a administrar em nosso próprio benefício.

Outro aspecto – bem mais científico, apesar de menos visível que os exemplos anteriores – que reitera a imperfeição do cérebro humano é a sua idade. Isso mesmo. Para quem não sabe, nosso querido e poderoso cérebro não passa de um bebê na longa história da evolução das espécies. Ele completou 100 mil anos há pouco tempo.

Velho, velhíssimo, dinossáurico, pré-histórico... Provavelmente seriam esses os adjetivos usados por um adolescente para definir nosso baby. Mas se dermos alguns passos, entrarmos em uma locadora e pegarmos o filme O parque dos dinossauros, de Steven Spielberg, veremos que Hollywood, além de lazer, é cultura e informação. Lá se conta um pouco da história dessa geração de répteis fantásticos que habitaram e dominaram nosso planeta por 160 milhões de anos.

E agora, quem é velho? Nosso cérebro ainda é um bebê lindo e "fofo" que começa a dar seus primeiros passos nessa tal história evolucionária. Por isso temos de considerá-lo uma obra em andamento que com certeza será capaz de desenvolver novas funções adaptativas de caráter positivo, que nos tornarão mais eficientes em transcender dificuldades, limites ou mesmo impossibilidades atuais.

Uma coisa é certa: todos nós possuímos deficiências ou falhas mentais. É claro que uns apresentam mais sérias, outros menos, no entanto tudo indica que o barro divino de onde viemos já veio malhado antes de nascermos.

E agora? Quem terá coragem de atirar a primeira pedra? Quem for perfeito pode começar!

ESTRESSE



ESTRESSE
Autoria: Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva


que é estresse?

Trata-se de um "alerta" do organismo que prepara o indivíduo para reagir a uma ameaça externa (ex.: susto, fuga, briga etc.). Esta ameaça desencadeia alterações neurohormonais, ou seja, o cérebro libera substâncias (hormônios) que irão modificar todo o funcionamento do organismo. Fenômeno da vida moderna, o estresse pode estar presente na vida de todas as pessoas, independente de sexo, idade, profissão ou posição social.

A reação do estresse deixa de ser normal quando, em algumas situações, torna-se crônica e passa a causar uma série de doenças, agravar outras existentes e até mesmo levar à morte.

A vida de hoje se constitui em um jogo extremamente competitivo no qual, a busca desumana por dinheiro e prestígio, transforma a todos em verdadeiros rivais. Viver passou a ser uma tarefa, muitas vezes, maior que nossas resistências podem suportar.

Vivemos a maior parte do tempo para atender as expectativas do grupo social a que estamos ligados e esquecemo-nos de satisfazer as nossas reais necessidades (afeto, paz, harmonia etc.). Com isso, passam-se meses e anos e, quando nos damos conta, uma sensação de falta de controle sobre nossas próprias vidas nos assola a mente gerando altos níveis de ansiedade e angústia que acabam por predispor o aparecimento do estresse e suas desagradáveis consequências.

Diante da impossibilidade de fugirmos das tensões e pressões do dia-a-dia, nos vemos impelidos a aumentar nossos conhecimentos sobre o estresse e seus mecanismos para que possamos evitá-lo e, com isso, abrirmos a possibilidade de uma vida com mais qualidade e equilíbrio.


O estresse pode ocorrer em qualquer pessoa?

O estresse pode acometer qualquer pessoa a qualquer momento de sua existência: infância, fase adulta ou em idade mais avançada.

É importante destacar que o mecanismo do estresse é individual, ou seja, uma situação que para uma pessoa pode ser corriqueira, pode ser muito desgastante para outra.

Isto acontece pelo fato de que cada ser humano tem um jeito de avaliar e resolver os seus problemas.


As reações físicas

A descarga de vários hormônios pelo cérebro que ocorre na reação de estresse visa preparar o indivíduo para enfrentar um determinado problema. Esta descarga gera uma série de alterações físicas no organismo que são: tensão muscular (os músculos se contraem), a pele fica retraída, o coração ameaça a bater rapidamente, a respiração é acelerada, a pupila se dilata, os pelos ficam eriçados, existe um excesso de suor e, em casos extremos, pode ocorrer uma eliminação involuntária de fezes e urina.

Quando todas essas reações ocorrem em um momento de "alerta" (p. ex.: um assalto), não significa que a pessoa esteja doente, mas sim que ela está tendo uma reação normal do organismo a um fato inesperado ocorrido.

Vale a pena salientar que estas reações não ocorrem somente em situações negativas, elas aparecem também em ocasiões boas como paixão, uma grata surpresa, recebimento de uma boa notícia etc. O estresse causado por uma situação positiva costuma ser menos prejudicial ao organismo.

O estresse possui três fases: alarme, resistência e exaustão.


Alarme

Esta fase ocorre no momento exato em que um fato inesperado surge, seja ele de conteúdo positivo ou negativo. Encontramos nesse período as seguintes reações físicas: dor de cabeça, palidez, taquicardia, suor em excesso, pressão alta transitória, dor de estômago, pressão no peito, aperto na mandíbula etc.


Resistência

Se não tivermos a interrupção dos fatores causadores do estresse entramos na fase de resistência. Nesta fase o estresse deixa de ser uma reação normal do organismo e passa a ser considerado uma doença que precisa ser tratada. As reações físicas ficam mais intensas. A pressão arterial permanece alta, o coração bate em ritmo mais acelerado o tempo todo.

O organismo como um todo funciona em ritmo acima do normal. Os sintomas mais comuns desta fase são: irritabilidade, incapacidade de relaxar, isolamento social, impotência, gripes constantes, queda de cabelos, cabelos brancos etc.


Exaustão

Nesta fase o organismo tem suas energias bastante desgastadas e surge o risco do aparecimento de doenças graves ou de morte repentina. Dentre as doenças mais comuns neste período temos: depressão, infarto cardíaco, derrame cerebral, gastrite, úlcera, câncer, asma, bronquite, edema pulmonar e reumatismo.

Se houver uma mudança no estilo de vida visando eliminar as causas do estresse e mudar a maneira de lidar com os problemas, poderá haver uma recuperação (no caso de úlcera, depressão, infarto etc.). Se isto não ocorrer, as consequências podem ser fatais a curto ou médio prazos. Os infartos poderão se repetir até a morte, a úlcera poderá se transformar em câncer ou a depressão poderá ter como consequência o suicídio.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Arquivologia 2,0

O mundo da informação digital e a arquivologia

15 de agosto de 2011

Arquivista 2.0: o foco da arquivologia não está mais somente nas organizações - vai também para a ação humana, via sistemas de informação. E-mail é documento no universo corporativo.


A web colaborativa reforça uma nova oferta de serviços online. Não temos mais um conceito único para informação e hoje estas informações podem ser utilizadas em diversos ambientes, como nas instituições de ensino, empresas e governos.
Esse novo mundo 2.0 é espelhado através da informação orgânica, registro da inteligência coletiva, das decisões das pessoas e instituições e do relacionamento profissional entre indivíduos. Estas são características das informações arquivísticas.
É a prova da ação humana e o registro de suas atividades nos processos. O foco da arquivologia 2.0 deixa de ser somente as organizações e passa ser a ação humana, via sistemas de informação, nessas organizações.
Tanto é fato que a gestão do conhecimento corporativo (GC), por exemplo, registra hoje o que está acontecendo entre as pessoas nas empresas e entre estas e as próprias instituições. Este é o diferencial competitivo maior das empresas, as que registram o conhecimento são mais destacadas em inovação e são mais valorizadas no mercado e na sociedade.
O e-mail hoje é o documento mais importante nas empresas, é uma evidência sempre considerada. Aliás, este passa a ser o desafio diário das empresas e dos profissionais da informação. Como incorporar o e-mail como um documento digital no universo corporativo? A colaboração corporativa, indivíduos relacionando-se numa comunidade virtual é hoje o destaque deste mercado corporativo.
O arquivista, profissional da informação e responsável pelos documentos e informações orgânicas de uma instituição, deve pensar na classificação e estruturação dessa informação, além da própria temporalidade, da preservação digital e do tamanho limitado dos servidores para registrar as informações.
Técnicas como o GED (ou Enterprise Content Management), plataformas com os requisitos de suporte arquivístico a documentos eletrônicos; a classificação – que muitas vezes segue fluxos organizacionais; a temporalidade – o prazo que cada documento deve ficar sob custódia da instituição e a descrição arquivística – que é orientada por normas nacionais e internacionais, devem fazer parte da formação do profissional da informação.
Este novo profissional arquivista não pode ter medo da tecnologia, deve dominar o vocabulário da área e entender as diferentes tecnologias da informação. Afinal, precisamos dela cada vez mais em nosso cotidiano, seja elaborando mecanismos de descrição arquivística, técnicas de localização de documentos ou até sistemas de registros de protocolo.
A tecnologia envolve a razão e isto é uma forma de conhecimento. E hoje não se vê mais a gestão do conhecimento, dos arquivos e de conteúdos sem a tecnologia. Aliás, sabe-se que estas gestões são implantadas somente através de sistemas que apoiam seu processo de geração, classificação, utilização e custódia. Afinal, a tecnologia, o conhecimento humano e a informação sempre andaram juntas.
…………………………
arquivologia_2_0Nota da redação: Charlley é autor do livro Arquivologia 2.0, onde traça caminhos possíveis para uma abordagem 2.0 no universo das informações arquivísticas, através da arquitetura de informação, planejamento de portais corporativos e ambientes digitais.
A informação humana digital é o resultado da observação e aplicação dos princípios arquivísticos no universo da informação digital.
[Webinsider]

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Descobertas- Revista de História da Biblioteca Nacional

Confira o que está disponível na Revista de História da Biblioteca Nacional.

Cada um no seu quadrado

Confira os campos de estudo da arqueologia, além de algumas das mais importantes descobertas

2/8/2011
 
  • No mar, na terra ou no espaço, há sempre uma equipe de pesquisadores procurando pistas sobre o nosso passado.  Eles estudam a riqueza de nossa história em materiais de todos os tipos, como lixo, ossos e vestígios de construções. Conheça algumas das diversas modalidades da Arqueologia:
    Bíblica
    Seu objetivo inicial era comprovar os relatos da Bíblia por meio de restos materiais. Mas hoje ela estuda os vestígios relacionados à história das religiões judaico-cristãs. A principal região pesquisada é a chamada Terra Santa, no Oriente Médio.
    Industrial
    Realizados a partir das evidências encontradas em fábricas, manufaturas e meios artesanais, os estudos nessa área analisam as transformações sociais, culturais e econômicas ligadas à produção.
    Pré-histórica ou proto-histórica
    Envolve os aspectos materiais de populações que não deixaram textos escritos. No caso do Brasil, a pré-história engloba o período anterior à chegada de Cabral.
    Histórica
    Procura pistas nos objetos de sociedades que deixaram registros escritos. Recentemente, porém, a disciplina vem passando por questionamentos sobre o uso de datas fixas para delimitar o que é história ou pré-história.
    Subaquática e náutica
    Dedica-se a estudos nas águas: interiores (rios, lagos, represas), marítimas ou oceânicas. Os pesquisadores, que em geral dominam técnicas de mergulho, têm cuidados especiais para conservar os objetos submersos e trazê-los à superfície, quando isso é necessário.
    Zooarqueologia
    Analisa as interações entre os seres humanos e os animais, inclusive o processo de domesticação e o uso como força motriz ou como alimento. O estudo é feito a partir de ossos, dentes e outros vestígios da fauna.
    Do lixo
    Procura desvendar o comportamento de uma comunidade estudando seus restos. A investigação é centrada em lixos, lixões e aterros sanitários.
    Espacial e de paisagem
    Amplamente influenciadas pela geografia, buscam instrumentos para estudar as populações do passado através da paisagem e do meio ambiente.  Muitas vezes usam tecnologia avançada, como imagens produzidas por satélites.
    Etnoarqueologia
    Com base em grupos contemporâneos, os etnoarqueólogos criam analogias para pensar sobre comportamentos e hábitos por meio de objetos feitos por sociedades que não conhecemos mais.
    De gênero
    Há duas formas de entender esta modalidade. A primeira, ligada aos estudos feministas, analisa os vestígios arqueológicos que possam contribuir com a história das mulheres. A segunda procura descobrir pistas da interação entre os diferentes grupos de gênero e de idade identificadas nas escavações.
    Geoarqueologia
    É a interação da geografia com a arqueologia. Através do recolhimento de sedimentos superficiais e da análise do solo, procura-se compreender como a paisagem, a terra e seus componentes se modificaram ao longo do tempo na interação com grupos humanos.
    Pública
    Pretende compartilhar o resultado das pesquisas obtidas nas escavações com diferentes comunidades como os quilombolas, os índios, os trabalhadores de uma fábrica, etc. Dessa interação, surge um conhecimento transformado e trabalhado em conjunto com a população.
    Da arquitetura
    Procurar retirar vestígios em edifícios históricos através de procedimentos de análise pouco destrutivos para identificar materiais, técnicas e procedimentos construtivos e artísticos utilizados no passado. É bastante utilizada em projetos de restauração de prédios tombados e preservados.
    Incríveis descobertas
    Século XVIII
    Pompeia – ITÁLIA
    Encoberta pelas lavas do Vesúvio no ano 79 d.C., a cidade permaneceu intacta até o século XVIII, quando foi descoberta por um agricultor que localizou vestígios de um muro.
    1772

    Moais / Fonte: wikimedia-ccMoais / Fonte: wikimedia-cc
    Moais - Ilha de Páscoa – CHILE
    Estátuas esculpidas em pedra de dois a 20 metros de altura, santuários e vários escritos que exaltavam ancestrais sagrados foram descobertos na costa da ilha pelo holandês Jacob Roggeveen em 5 de abril, um domingo de Páscoa.
    1773
    Palenque – MÉXICO

    Durante uma expedição, soldados e missionários espanhóis reencontraram a cidade maia de Palenque. Até hoje, o santuário, rodeado de vegetação, é cenário de inúmeros achados. Entre as construções destaca-se o Templo das Inscrições, uma pirâmide na qual foram encontrados, em 1952, cerca de 619 hieróglifos.
     



    1799
    Pedra de Roseta – EGITO

    Encontrada por soldados de Napoleão, a estela era um decreto que regulava o culto ao faraó Ptolomeu V (332 a.C.). Foi escrita em três idiomas: grego, demótico e hieróglifos. Esta descoberta foi fundamental para a decifração dos hieróglifos.
    1843
    O Povo de Lagoa Santa – MINAS GERAIS – BRASIL
    O arqueólogo dinamarquês Peter Lund descobriu em uma gruta, na lagoa do Sumidouro, fósseis de animais extintos e restos de 30 humanos de várias idades, comprovando a coexistência desses humanos com animais da Idade do Gelo.
    1868
    Jericó – TERRITÓRIO PALESTINO

    Considerada a cidade mais antiga do mundo, Jericó, que hoje se localiza em um dos territórios palestinos, comemorou no ano passado seus 10 mil anos. Nos relatos bíblicos, é chamada de cidade das palmeiras. As primeiras escavações são de 1868, feitas pelo inglês Charles Warren (1840-1927).
    1873
    Cidade de Troia – COSTA DA TURQUIA
    Depois de anos de escavações na colina de Hissarlik, os arqueólogos Heinrich Schliemann e Wilhelm Dörpfeld encontraram sete camadas da cidade de Troia. Uma delas era a conhecida cidade de Ilion, palco da grande guerra descrita por Homero.
    1895
    Megalitos – AMAPÁ - BRASIL

    O zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917) e o tenente-coronel Aureliano Pinto de Lima Guedes (1848-1912) organizaram uma expedição ao Amapá, onde encontraram o fascinante sítio arqueológico com megalitos e peças variadas de cerâmica

    Machu Picchu / Fonte: wikimedia-ccMachu Picchu / Fonte: wikimedia-cc
    1911
    Machu Picchu - PERU

    O mês de julho deste ano marcou o centenário da descoberta da cidade sagrada inca de Machu Picchu pelo arqueólogo americano Hiram Bingham. O santuário histórico, localizado no topo de uma montanha, mais de dois mil metros acima do nível do mar, faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco desde 1983.
    1912
    Busto de Nefertiti – EGITO/ALEMANHA

    Apesar de ser uma obra inacabada de apenas 50 cm de altura, o famoso busto é razão de brigas constantes entre a Alemanha, onde está hoje, e o Egito, onde foi encontrado. A descoberta, em 1912, foi feita por uma equipe arqueologica da Sociedade Oriental Alemã. Alvo de controvérsias sobre sua autenticidade, ele representaria a esposa do faraó Amenófis IV (mais conhecido como Akhenaton), pai de Tutankamon.
    1922
    Tumba de Tutankâmon
    – EGITO
    O arqueólogo e egiptólogo britânico Howard Carter descobriu a luxuosa tumba, ainda intacta, do jovem faraó que governou o Egito há mais de 3.000 anos e que morreu misteriosamente.
    1947
    Escritos do Mar Morto – ISRAEL
    Nas cavernas do deserto da Judeia, na região do Mar Morto, foram encontrados mais de 900 manuscritos. Feitos em papiros e em pergaminhos, os documentos continham textos bíblicos e apócrifos. Calcula-se que foram escritos entre III a.C. e II d.C.
    1958
    Catal Huyuk – TURQUIA

    Um dos primeiros centros urbanos do mundo, de mais de 9 mil anos atrás, é considerado o principal sítio arqueológico da Turquia. Foi descoberto no fim dos anos 1950 e começou a ser escavado por James Mellaart na década seguinte. Desde 1993, um grupo internacional de arqueólogos, liderado por Ian Hodder, faz escavações e conta as novidades no site oficial do projeto: 
    Anos 1960
    Gobekli Tepe – TURQUIA

    Considerado o local de culto religioso mais antigo do mundo, o sítio arqueológico de Gobekli Tepe (que, em turco, significa morro com barriga) é do início do período neolítico. Ele foi descoberto nos anos 1960, mas só foi estudado profundamente na década de 1990, por conta de uma parceria entre arqueólogos turcos e alemães.
    1970
    Sweet Track – INGLATERRA

    Um importante exemplo de engenharia do período neolítico é a Sweet Track, uma das mais antigas estradas conhecidas, que foi construída por volta de 3800 a.C. Os principais componentes da estrada são cinzas, cal e tábuas de carvalho. A maior parte dela continua em seu local de origem, embora algumas partes estejam expostas em espaços como o British Museum.
    1973
    Serra da Capivara – PIAUÍ - BRASIL
    O Parque Nacional da Capivara, criado em 1979, concentra o maior número de pinturas rupestres do mundo. A região tem mais de mil sítios arqueológicos. A primeira missão de investigação, em 1973, teve a participação da arqueóloga Niède Guidon, que até hoje trabalha no local.
    1974
    Guerreiros de Xi’an – CHINA
    Foi por acaso que agricultores encontraram um exército inteiro de 8.000 soldados feitos de terracota. Os Guerreiros de Xi’an estavam em funerárias construídas no governo do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang (246-221 a.C.).
    1977/2010
    El Zotz - GUATEMALA
    Na região florestal de Péten, El Zotz é a maior metrópole maia descoberta até o momento. Foi encontrada em 1977 por Marco Antonio Bailey. No ano passado, uma equipe de arqueólogos descobriu uma câmara mortuária sob a pirâmide El Diablo, a maior do templo.
    1986
    Yonaguni – JAPÃO
    Mergulhadores encontraram uma imensa estrutura em forma de pirâmide. A descoberta data de aproximadamente 8000 a.C., e ainda não se sabe se ela é uma obra-prima da engenharia da época ou um acaso da natureza.
    1987
    A catacumba de Minas Gerais – BRASIL

    Uma ossada infantil envolvida em tecido foi encontrada na Gruta do Gentio, na cidade de Unaí. Devido às condições climáticas, conservou-se embalsamada, e na época foi apontada como a mais antiga múmia brasileira, com cerca de 3.500 anos.
    1995
    Baía de Saint-Malo – FRANÇA

    A cidade francesa de Saint-Malo, às margens do Canal da Macha, é uma das mais ricas em história náutica e arqueologia subaquática. Em 1995, dois grandes navios corsários foram descobertos. Anos de escavações sob o mar revelaram as embarcações La Dauphine e L’Amaible Grenot, ambas naufragadas no século XVIII.

    Reconstituição do rosto de Luzia / Fonte: wikimedia-ccReconstituição do rosto de Luzia / Fonte: wikimedia-cc
    1998
    Luzia – MINAS GERAIS – BRASIL

    O biólogo e antropólogo brasileiro Walter Neves analisou um crânio encontrado na região e concluiu que é o mais antigo do continente americano, com mais de 11.500 anos. O material integra a coleção única de 75 crânios depositados no Museu de Copenhague, na Dinamarca, coletados por Peter Lund em Lagoa Santa no século XIX.
    2004
    Mazagão Velho – AMAPÁ – BRASIL
    O último baluarte lusitano no Marrocos havia sido invadido pelos mouros em 1769. Sem saída, o rei português D. José I ordena a transferência da cidade inteira, que tem como destino final a província do Grão Pará.  Só em 2004 pesquisadores da UFPE iniciaram o trabalho de escavação dos resquícios da cidade transferida há mais de 200 anos.
    2008
    Pinturas a óleo – AFEGANISTÃO

    As pinturas a óleo mais antigas do mundo estão em cavernas afegãs. A equipe formada por arqueólogos japoneses, americanos e suíços que as encontrou afirma que datam do século VII d.C, ou seja, centenas de anos antes do início da pintura a óleo na Europa. Elas mostram cenas de seres míticos e figuras de Buda trajando vestes vermelhas.
    2010
    Pinturas rupestres – SOMÁLIA
    Guerras e secas fizeram da Somália um país quase sem investigação arqueológica. No entanto, no ano passado, pinturas de animais, que devem ter sido feitas há mais de 4.000 anos, foram descobertas pela University College London.
    2011
    As novas pirâmides – EGITO
    Este ano, imagens em infravermelho captadas por satélites detectaram a existência de 17 pirâmides enterradas no Egito. A equipe de arqueólogos liderada por Sarah Parcak já encontrou duas delas por meio de escavações.
    2011
    Embarcação do Faraó – EGITO

    No mês de julho, arqueólogos egípcios e japoneses começaram a desenterrar um barco encontrado aos pés da pirâmide de Gizé, no Egito. Com idade aproximada de 4,5 mil anos, ele serviria para transportar a alma do faraó Quéops em viagens para acompanhar o deus-Sol Amon-Rá. Após um longo trabalho de remontagem, ele se juntará a outra embarcação, encontrada em 1917, como uma das maiores descobertas arqueológicas do Egito.
    2011
    Submarino alemão – SANTA CATARINA - BRASIL
    Foram encontrados em julho os restos do primeiro dentre 11 submarinos alemães afundados em nossa costa durante a 2ª guerra mundial. O U513, que chegou a afundar um navio mercante brasileiro, foi localizado por uma equipe de pesquisadores e arqueólogos subquáticos da Univali e do Instituto Kat Schurmann. Os trabalhos de busca foram filmados e farão parte de um documentário.
    2011
    Jesuítas – PARANÁ - BRASIL

    Depois de anos de busca, historiadores anunciaram a descoberta do sítio arqueológico da Missão Jesuítica San Joseph, fundada em 1625 na cidade de Cambé, no Paraná. O anúncio foi feito pela arqueóloga Cláudia Inês Parellada, do Museu Paranaense, e é de grande importância para o estudo das reduções jesuíticas no Brasil. A Missão San Joseph foi provavelmente destruída pelos bandeirantes em 1631.
    2011
    Erotismo na pré-história – ALEMANHA

    Arqueólogos encontraram, pela primeira vez, imagens de mulheres nuas em cavernas da Idade da Pedra na Alemanha. Para os pesquisadores envolvidos, as gravuras foram utilizadas em rituais de fertilidade há mais de 12 mil anos.
    2011
    Santo Filipe - TURQUIA

    Depois de anos de procura, arqueólogos acreditam ter achado a tumba – ainda não aberta - de São Filipe, um dos doze apóstolos de Jesus, em Pamukkale, no sudoeste da Turquia. Encontrada embaixo de escombros de uma Igreja, a descoberta, de acordo com os especialistas, é de grande importância para o mundo cristão e a arqueologia.
    2011
    Gatos olmecas - MÉXICO

    Uma pedra da cultura olmeca com relevo de três gatos foi descoberta por pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História do México. O artefato possui mais de uma tonelada e data de, aproximadamente, 2,8 mil anos.
    2011
    Afro-descendentes – ESTADOS UNIDOS

    Nan Rothschild, arqueóloga da Universidade de Columbia (EUA), encontrou vestígios de uma comunidade de afro-americanos construída no século XIX no coração de Nova Iorque. Há indícios de que o local foi desapropriado para dar lugar ao Central Park, o maior parque de Manhatan.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Falando de Historia e algo mais: Afinal o que é conhecimento e não conhecer.......

Falando de Historia e algo mais: Afinal o que é conhecimento e não conhecer.......: "Lendo a resepito vez ou outra, eu sempre me pego em uma inerente questão conhecimento, adquirimos como algo que possamos captar no ar, nas p..."

Afinal o que é conhecimento e não conhecer.......

Lendo a resepito vez ou outra, eu sempre me pego em uma inerente questão conhecimento, adquirimos como algo que possamos captar no ar, nas páginas de um livro, na conversa com um griot ou é algo que envolve além do fator externo algo mais íntimo, mais orgânico e portanto mais inato ao ser Humano e vai saber se alguns animais não conseguem se adaptar a esses estímulos. Mas o que estou tentando desvendar é como algo totalmente desconhecido, as vezes temido ou ignoirado passa a fazer parte de nossa vida, sendo conhecido, mas isso assim ainda não seria conhecimento, ou seria? bem andei lendo um livro dalguem mais intrigado do que eu e talvez mais tendencioso nesse assunto, mas enfim..
Já que filosofar é pensar, discutir, raciocinar, conhecer, de onde tudo vem?
Como sabemos qual entidade despertou o primeiro ato de fé e se foi espontâneo?
Como chegamos aos resultados matemáticos, ou conhecemos o funcionamento de determinado tema?
A biologia genética afirma que em nossos genes está um rastro para onde seguiremos, que serão determinantes no desenvolvimento de aptidões físicas, desenvolvimento de doenças, tendências sexuais e comportamentais e por ai vai.
Mas quem somos?
Para essa resposta, dependemos de uma série de fatores, além dos genéticos, como o ambiente onde nascemos, fomos criados, pessoas que nos cercaram e influenciaram.
Por isso, até o que realmente somos não depende apenas de nós. Filósofos como Platão, Agostinho e Descartes, acreditavam que o homem já nasce com suas idéias.
Contra essa teoria, Locke criou o “Ensaio acerca do entendimento humano”, no século XVII, inaugurando o empirismo britânico.
Mesmo vivendo no século 21, nós recorremos a filósofos que viveram à dois séculos ou mais para explicar determinados conceitos, já que nada mais coerente surgiu, que discorde desses princípios, além de algumas alucinações, hehehehe, mas talvez com sentido.
Locke acreditava que nascer com uma idéia é totalmente inadequado já que não temos, obviamente, todos, as mesmas idéias felizmente.
Dizia que somos como uma folha em branco que vai sendo escrita na medida em que vivemos e experimentamos.
Isso quer dizer, tudo o que experimentamos torna-se conhecimento, por meio do processo lógico, mas nada “surge” sem experimentar. Mas ai eu questiono, experiência, se a experiência serve como conhecimento seria o conhecimento tão vazio. Posso tocar um fruto até então desconhecido pra mim, por exemplo a jabuticaba, em se tratando de conhece-la toquei-a por isso a conheci? E seu sabor, e o fato de ser comestível, e de onde vem dá em árvores é plantada, surge da terra, quem a trouxe até mim, pra que serve, ela dura pra sempre, só existe uma.........., enfim conhece-la tocá-la neste caso, não me satisfaria e de maneira alguma seria conhecimento pra mim, mas Hume, simplificadamente, discordava das idéias e tentativas de ancorar argumentos e explicações em crenças ilusórias ou projetivas.

Acreditava que tudo o que sabemos e conhecemos não vem, senão, por meio da experiência que vivemos, do que observamos e pudemos conhecer.

Faça uma experiência, suspenda um objeto no ar com suas próprias mãos e em determinado momento largue-o, sabe o que irá acontecer?

Não é difícil saber que este objeto cairá… simples, não parece?

Mas qual foi o processo e toda a construção neuronal que você precisou para hoje ver isso com simplicidade e superficialidade?

Quantas vezes observou, re-observou, constatou e acreditou? E é no empirismo de Hume que me ancoro em determinado momento pra dizer que a jabuticaba tem de ser experimentada, buscada, apreciada para ser aprendida.
Nosso trabalho é uma experiência, o processo experimental que  irá nos levar a conhecer o processo envolvido nele.
Nossas idéias são fornecidas através da experiência, assim, tudo o que conhecemos vem de fora de nós, assim, os objetos do conhecimento são externos e nos chegam através de nossa percepção, esta sim, individual, interior, que será a que processará e dará cor ao que chega, é o acabamento final.
Imagine um desenho, ele virá pronto, ele é, independente do que você quer, ali ele está, só que sem cor.
Nós colorimos, enfeitamos e damos a aparência final.
Mas e a percepção?
Ainda, segundo Locke, vem através da sensação que recebe os objetos externos de forma individual, daí uns gostam de determinada comida, suportam certa temperatura, gostam ou não de natureza, de animais etc…
E o toque final da sensação é a reflexão, o sentido interno, o processo mental que pintará o objeto, gerando dúvidas, crenças, desejos e o conhecimento final.
Se todo conhecimento vem da experiência, por quê nos recusamos a experimentar e vivenciar?
Se alguem tiver algo a acrescentar, estou sempre por aqui;;;;;;;;;;;;