quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Guerra Fria


 
Guerra Fria

A Guerra Fria foi uma disputa político-militar que marcou a antiga ordem mundial, polarizada por Estados Unidos e União Soviética.





O mundo bipolar da Guerra Fria

Ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário político mundial testemunhava o período de maior tensão de sua história. De um lado, os Estados Unidos (EUA), uma potência capitalista; de outro, a União Soviética (URSS), uma potência socialista; em ambos os lados, armamentos com tecnologia nuclear que poderiam causar sérios danos a toda humanidade.

Ao final das contas, nenhum tiro foi diretamente disparado entre os dois lados do “conflito”, o que justifica o nome Guerra Fria. O que se pode dizer é que esse conflito foi marcado pelas disputas indiretas entre as duas potências rivais em busca de maior poderio político e, principalmente, militar sobre as diferentes partes do mundo.

Tal configuração ocorreu em função do fato de que uma guerra nuclear não seria vantajosa para nenhum dos blocos nela envolvidos. O mundo apenas conheceria o caos e o possível vencedor desse conflito não teria o que comemorar, pois somente haveria radiação e problemas estruturais no espaço geográfico do país derrotado. Por essa razão, o sociólogo Raymond Aron proferiu uma frase que ficou mundialmente conhecida: "A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível".

A Partilha da Alemanha

A Alemanha nazista foi a grande derrotada da Segunda Guerra Mundial e, com isso, teve o seu território dominado e controlado pelos países que formavam a base aliada durante o conflito: EUA, URSS, França e Inglaterra. Esses países, na Conferência de Potsdam, em 1945, dividiram o espaço alemão em duas principais partes: de um lado, a Alemanha Ocidental, dominada pelas nações capitalistas; de outro, a Alemanha Oriental, dominada pela União Soviética. A capital Berlim também ficou igualmente dividida. Observe o mapa abaixo:


Divisão da Alemanha após o término da Segunda Guerra Mundial¹

Plano Marshall x Plano Molotov

Não foi somente a Alemanha a prejudicada com a Segunda Guerra Mundial. Como esse evento aconteceu quase que inteiramente em território europeu, a maior parte dos países envolvidos sofreu severas consequências econômicas, sociais e estruturais. Em função dessa fragilidade, os Estados Unidos acionaram aquilo que foi chamado de Plano Marshall, em que grandes empréstimos foram concedidos a esses países para as suas reconstruções.

Essa postura era uma estratégia norte-americana para evitar que as nações europeias, em função de suas relativas fraquezas, sofressem intervenções dos soviéticos, além de ser uma ação para conter possíveis movimentos e revoluções socialistas internas. Com isso, os Estados Unidos consolidaram a sua base de influência naquilo que foi denominado de “Oeste Europeu”, ou Europa Capitalista, em oposição ao Leste Europeu, que era formado pelos territórios de domínio e influência soviéticos. Além do Plano Marshall, os Estados Unidos também criaram o Plano Colombo, que possuía a mesma função, só que o seu alvo eram os países asiáticos.

Entre os países que mais receberam ajuda dos estadunidenses, o Reino Unido lidera a lista, seguido, respectivamente, por França, Japão, Itália, Alemanha Ocidental, entre outros.

Em resposta ao Plano Marshall, a União Soviética elaborou o chamado Plano Molotov, com o igual objetivo de realizar uma ampla ajuda econômica aos outros territórios a fim de ampliar o seu espaço de influência pelo mundo. Esse ajuda financeira envolveu praticamente todos os países de influência socialista, como a Alemanha Oriental, Polônia, Bulgária, Cuba e muitos outros.

OTAN x Pacto de Varsóvia

Em um cenário que favorecia cada vez mais a tensão entre os dois blocos de poder durante a Guerra Fria, a organização de instituições e pactos militares era imprescindível por ambas as partes.

Com isso, do lado capitalista, foi fundada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que ainda existe e é uma das instituições mais poderosas da atualidade. Já do lado socialista, foi fundado oPacto de Varsóvia. Essas organizações funcionavam da seguinte forma: caso um de seus países-membros fosse atacado, as demais partes deveriam imediatamente intervir ou enviar ajuda. Isso colaborou para a emergência dos vários combates indiretos que ocorreram durante esse período, a exemplo da Guerra das Coreias (1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1959-1975). .

Com essas ações e intervenções por parte dos dois blocos de poder, houve uma divisão do espaço territorial mundial, que se deu de modo mais concentrado nos países da Europa, que protagonizou a chamada Cortina de Ferro, que dividia os territórios socialistas dos capitalistas.


Ilustração da divisão do espaço europeu pela Cortina de Ferro²

As corridas armamentista e espacial

A disputa entre EUA e URSS não ocorria apenas no plano territorial, político e econômico mundial. O principal elemento em disputa era a hegemonia militar e tecnológica. Nesse sentido, os dois países envolveram-se em uma cega corrida para decidir qual das duas potências possuía maior quantidade de armamentos e tecnologias nucleares, bem como os melhores programas e conquistas espaciais.

No plano militar, os Estados Unidos, desde o final da Segunda Guerra Mundial, dominavam a produção e o uso da bomba atômica, como as que provocaram a destruição das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Tempos depois, em 1949, a União Soviética também anunciava o seu domínio sobre a tecnologia nuclear.

No plano espacial, foi a União Soviética quem deu a largada. Em 1957, foi lançado pelos soviéticos o primeiro satélite espacial construído pelo homem, o Sputnik. No mesmo ano, entrou em órbita o Sputnik 2, que consistiu na primeira viagem ao espaço tripulada por um ser vivo (no caso, a famosa cachorra Laika). Para completar as façanhas, os socialistas também foram os primeiros a fotografar a superfície da Lua (em 1959) e os primeiros a enviarem um ser humano ao espaço, em 1961.

Dessa forma, no ano seguinte, 1962, os Estados Unidos conseguiram, finalmente, responder à altura com o primeiro voo espacial ao redor da Terra. Já em 1969, ocorreu a tão sonhada visita à Lua pelos Estados Unidos, na missão operada pelos tripulantes da Apolo 11.

Apesar de alguns acordos assinados, principalmente no plano militar, as corridas armamentista e espacial, segundo a maioria dos analistas, só conheceram o seu fim com a crise soviética e o fim da Guerra Fria, ao final de década de 1980 e início da década de 1990.

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¹ Créditos da Imagem: W. B. Wilson

² Créditos da imagem: Kseferovic

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O que aconteceu na Cidade de Machu Picchu





Em 24 de julho de 1911, o arqueólogo americano Hiram Bingham encontrou estas incríveis ruínas no Peru. Machu Picchu foi construída por volta de 1450 e pertencia ao Império Inca, que se estendeu do Chile ao Equador antes de ser destruído pelos espanhóis no século XVI. Um dos mistérios que envolvem a cidade é como os incas carregaram tantas pedras para construí-la. O trabalho não foi tão duro assim, pois a própria montanha era rica em granito. Mais complicado era extrair as rochas do terreno. Mestres no assunto, os incas usavam técnicas curiosas, como encher de água fissuras naturais nas pedras para que, à noite, com a queda da temperatura, o líquido congelasse e se expandisse, aumentando as rachaduras e facilitando a extração.

Mas o que fazia no meio das montanhas essa cidade para até 1 000 habitantes? Alguns estudiosos acreditam que era um local secreto para cultos religiosos. Já no livro Machupicchu - Universidad Inka, o arquiteto peruano Oscar Zereceda defende a tese de que o lugar teria sido uma espécie de universidade de astronomia e de técnicas agrícolas. A única certeza é que ela foi abandonada sem que nenhum colonizador espanhol a tivesse conhecido - o que você pode fazer agora.


A Intiwatana (pedra de amarrar o Sol) era a peça central de um sistema de medições astronômicas, importante para definir o plantio. A Praça Sagrada tinha dois templos: o das Três Janelas (simbolizando a terra dos vivos, a dos mortos e a dos deuses) e o dos Animais (para celebrar a fertilidade).

A entrada principal era o Portal Sul, que separava o setor urbano do rural. Na parte alta da cidade, ficava o Bairro Nobre, lar de sacerdotes, oficiais e parentes do imperador.

ARMAZÉM

Aqui eram estocados os alimentos cultivados na cidade ou trazidos de fora em tropas de lhamas, já que Machu Picchu não conseguia produzir comida suficiente para todos os seus habitantes. O local também poderia servir como uma espécie de recepção para os visitantes.

O pico Huayna Picchu (montanha jovem) era um ponto estratégico para observações astronômicas, ligado à cidade por uma íngreme escadaria.

Na parte baixa da cidade, ficava o bairro popular, moradia de artesãos, camponeses e professores. A Praça Central era uma espécie de pátio interno, onde ocorriam as festas.

TERRAÇOS

Pareciam grandes degraus e serviam para o plantio - de batata e milho a folhas de coca, usadas para resistir à altitude. Eles tinham uma base de pedra que permitia a rápida passagem da água entre um terraço e outro. Além disso, protegiam o terreno da erosão.

O GRANDE TEMPLO

O Sol era o deus mais popular entre as inúmeras divindades da natureza adoradas pelos incas e era representado em muitos ornamentos de ouro. O Templo do Sol, o principal de Machu Picchu, tinha duas janelas posicionadas para receber os primeiros raios solares que entravam na cidade nos dias que marcam o início do verão e do inverno. Lá, sacerdotes também sacrificavam lhamas e porquinhos-da-índia para prever o futuro em suas vísceras.

A rede de água começava nas montanhas, onde nascia a água potável que a avançada engenharia hidráulica inca distribuía por canais e pequenas fontes de pedra.
 Fabio Volpe
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Seis pessoas que mudaram o mundo e eram gays. Gênero tem a Ver?

COLABORAÇÃO PARA A SUPERINTERESSANTE
Nem só por héteros foi escrita a História. Ao longo dos séculos, muitos heróis – e vilões – que mudaram os rumos da civilização foram gays. Alguns foram aceitos por seu tempo. Outros não tiveram a mesma sorte. Isso sem falar naqueles cuja orientação sexual nunca ficou clara.
Em algumas civilizações antigas, nem era preciso sair do armário – a homossexualidade era natural e fazia parte da sociedade. A condenação dos gays veio com a ascensão das religiões monoteístas. Em 533, o imperador cristão Justiniano assinou a primeira lei que proibia as práticas homossexuais. A pena pelo “crime” podia ser a morte. Nos séculos seguintes, a história da comunidade gay foi marcada por condenações, perseguições e assassinatos. Mas também por grandes feitos na política, na ciência e nas artes. Relembre 6 gays que, para o bem ou para o mal, mudaram a história.
1. Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.)
Sócrates, um dos principais filósofos ocidentais, viveu na Grécia Antiga, onde era normal um homem mais velho manter relações sexuais com homens jovens. O tutor de Platão chegou a declarar que o sexo anal era sua melhor fonte de inspiração e que relações heterossexuais serviam apenas para procriação. Detalhe: Sócrates defendia a investigação e o diálogo para se chegar à verdade, método que deu origem à famosa DR que assombra casais. Será que, em algum momento, ele precisou ter uma DR porque sua “fonte de inspiração” havia secado?!
2. Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.)
A orientação sexual do guerreiro macedônio é assunto que já rendeu polêmicos estudos acadêmicos, livros e até filmes hollywoodianos. O historiador Plutarco conta que Alexandre se casou quatro vezes (com mulheres). No entanto, alguns historiadores, como Diodoro Sículo, afirmam que o guerreiro teria tido pelo menos um amante-homem, Heféstion. Aliás, quando Heféstion morreu, Alexandre teria ficado sem comer e beber por vários dias.
3. Leonardo da Vinci (1452 – 1519)
A versatilidade e o talento de Leonardo da Vinci nunca surtiu dúvidas: ele foi cientista, engenheiro, anatomista, botânico, inventor. E pintor, claro. Com base em registros históricos e em escritos pessoais, biógrafos de Da Vinci deduzem que o gênio teria sido homossexual. Leonardo passou, inclusive, por um tribunal após ser acusado de sodomia com um homem prostituto. A acusação não foi adiante, mas os boatos a respeito da sexualidade de Da Vinci permanecem até hoje.
4. Ernest Röhm (1887 – 1934)
Homossexual assumido, Röhm foi um dos braços-direito de Adolf Hitler e um dos responsáveis pelo crescimento do movimento nazista na Alemanha dos anos 1920-1930. Devido à sua orientação sexual, o oficial tinha muitos inimigos dentro do partido. O resultado da sua união com Hitler não poderia ser diferente. Quando o fürher percebeu que Ernest poderia lhe causar sérios problemas (tipo uma contradição histórica inexplicável), decidiu tirá-lo do seu caminho. Fez o mesmo que fazia com muitos dos homossexuais da época: matou.
5. Harvey Milk (1930 – 1978)
Harvey Milk, representante distrital de São Francisco, foi o primeiro gay assumido a vencer uma eleição nos Estados Unidos. Em uma sociedade conservadora da década de 1970, ele discursava em favor da liberdade e tentava dar esperança aos gays. Seu ativismo foi importante na luta gay: 11 meses após ser eleito, Milk conseguiu aprovar uma lei sobre os direitos dos homossexuais de São Francisco. Personalidade polêmica e visada por conservadores, o militante foi assassinado um anos após ser eleito. Para conferir a história do político, vale conferir “Milk – A Voz da Igualdade”, de Gus Van Sant.
Update:
6. Alan Turing (1912 – 1954)
Assim que este post foi publicado, vários leitores da SUPER repararam que havíamos deixado de fora um nome importante. Era Alan Turing, matemático e cientista da computação. Turing foi um dos responsáveis pela formalização do conceito de algoritmo, base da teoria da computação. Também criou a Máquina de Turing, tecnologia que deu origem ao computador moderno. Durante os anos 1940, ajudou a projetar o supercomputador Colossus, que desvendava códigos secretos dos nazistas. Apesar de suas grandes façanhas, respondeu um processo criminal em 1952. O crime? Homossexualidade. A pena? Tomar hormônio sexual feminino, condenação que teria prejudicado sua saúde e, dois anos depois, provocado sua morte.
Bônus: Tim Cook (1960 – )
Cook pode não ter mudado ainda os rumos da civilização, mas poder para isso não falta. Tim Cook, que seria homossexual assumido e já foi apontado pela imprensa americana como o gay mais poderoso do mundo, é o presidente da Apple e sucessor do mítico Steve Jobs. Por que o cara é poderoso? Sua responsabilidade é nada menos que comandar a fabricante de computadores, tablets e smartphones no lugar do fundador da companhia. Cook entrou na Apple em 1998 para supervisionar a produção de computadores. Chamou a atenção de Jobs e foi se transformando em seu braço-direito. Mais de uma década depois, foi indicado pelo próprio Steve Jobs como o próximo CEO. Diante de seu currículo e posto, alguém duvida de seu potencial para mudar a História?
Fonte:
Born to Be Gay – 
História da Homossexualidade, William Naphy, Edições 70, 2006.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Falando de Historia e algo mais: "Erico Te Convida a Ler!"

Falando de Historia e algo mais: "Erico Te Convida a Ler!": PROJETO DE LEITURA –   Erico Te Convida a Ler! Justificativa: Ao afirmar que queremos leitores conscientes, críticos e cr...

"Erico Te Convida a Ler!"

PROJETO DE LEITURA

 Erico Te Convida a Ler!


Justificativa:

Ao afirmar que queremos leitores conscientes, críticos e criativos, durante e após a sua trajetória, capazes de se tornarem autônomos, estamos pressupondo que a consciência, a criticidade e a criatividade desses sujeitos-leitores vão ser constantemente dinamizadas nas diferentes práticas de leitura aplicadas durante o projeto (Erico Te Convida  a Ler!) realizado no espaço do Museu Erico Veríssimo, levando-os a inserir-se na luta pela superação das contradições da vida social.
A capacidade de tornar leitores críticos pode ser conquistada através da organização de dinâmicas lúdico-pedagógicas que permitam aos leitores trabalhar com três movimentos de consciência: o CONSTATAR, o REFLETIR e o TRANSFORMAR.
No processo de interação com um texto, o leitor executa um trabalho de atribuição de significados, a partir de sua história e de suas experiências. Esse trabalho é idiossincrático (ou próprio de cada leitor individual) mesmo porque as experiências, a origem, a história, etc. dos leitores nunca são iguais – daí ser praticamente impossível que duas ou mais pessoas façam uma leitura da mesma maneira, destacando exatamente as mesmas ideias.
            Essa diferenciação ou falta de semelhança no processo de atribuição de significados contribui de tal maneira para a compreensão e o aprofundamento de um texto porque permite o desvelamento de um número maior de suas camadas de significação

Objetivos:

Transformar a leitura numa prática sociável, onde o sujeito possa tornar-se um leitor autônomo de suas escolhas através da mediação da leitura praticada em grupo.




OJETIVOS ESPECÌFICOS

v    Propiciar condições que facilitem e intensifiquem a aproximação com os livros e textos dinamizando a Leitura.
v    Despertar e incentivar o interesse pela leitura.
v    Contribuir para formação de leitores autônomos e competentes.

Duração:
maio a dezembro/2013




DA  DIVULGAÇÂO:

Jornais;
Emissoras de Rádio e TV ;
Sites de Notícias;
Mídias Sociais- Facebook, instagran, Flicker, Twitter...;


Recursos Humanos:

Mediadores de Leitura Contadores
Palestrantes
Público alvo- Grupos Beta


Empreendimentos:

Criação
de trabalhos comprobatórios ;
Produção
de resenhas e recontos de autoria dos leitores;
Criação
de Fichas de leitura para análise dos elementos da narrativa e recomendação da leitura de livros.

Avaliação:

Será
realizada a avaliação da leitura  trimestral, que estabelecerá critérios e os divulgará aos leitores do projeto piloto; a fim de monitorar, principalmente, os avanços e os resultados do projeto. Além disso, a monitora realizará atividades sequenciais de produção escrita que demonstrarão que objetivos foram alcançados e quais adequações serão necessárias durante o desenvolvimento do projeto, para que as atividades de leitura auxiliem no desenvolvimento da competência humana de Leitura.

Contatos:
Juliana Abreu Pereira
Historiadora, Pesquisadora, Gestora em Arquivos
55  81047056
Face: Erico te Convida a Ler

Amor e fidelidade num casamento imperial: D. Pedro I e D. Amélia.


Há 180 anos, um caso de amor à primeira vista. Na manhã do dia 16 de outubro de 1829, aportou na baía de Guanabara, uma fragata transportando uma jovem esplêndida como uma rosa. Ela se chamava Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Beauharnais, princesa de Leuchtenberg e de Eichsteadt , tinha 17 anos e era neta da imperatriz Josefina, casada em segundas núpcias com Napoleão Bonaparte. Sem se conter, D. Pedro I foi ao encontro da noiva esperada. Os jornais que haviam alardeado sua beleza não se equivocaram. Ao encontrar a princesa prometida, D. Pedro I quase perdeu os sentidos. Viúvo e repelido nas suas pretensões matrimoniais por má reputação, D. Pedro I só conseguiu moça tão cheia de qualidades graças aos esforços de seu diplomata na França, o Visconde de Pedra Branca.
Enquanto isso, nas lojas da capital fitas e tecidos cor de rosa se esgotaram. Era a flor preferida da princesa, “a adorada Amélia, minha salvadora, a Salvadora do Brasil”, nas palavras do apaixonado futuro marido. O Marques de Barbacena, testemunha ocular do encontro assim o relatou: “vi os noivos tão ocupados um do outro, como se fossem namorados de muitos anos. Neste momento considero aqueles dois entes os mais felizes do mundo”. Entusiasmado, o Marques de Resende, ministro do Brasil, descreveu a noiva: “Um ar de corpo como o que o pintor Corregio deu nos seus quadros à rainha de Sabá e uma afabilidade que aí há de fazer derreter a todos, fez com que eu exclamasse, na volta para casa: valham-me as cinco chagas de N. S. Jesus Cristo, já que pelos meus enormes pecados não sou o Imperador do Brasil”. E prosseguia, inconveniente: “Que fará o nosso Amo, na primeira, na segunda e em mil e uma noites? Que sofreguidão”! Não errou. Anos mais tarde, D. Pedro ainda chamaria a esposa carinhosamente de “bocado de rei”…
No dia seguinte, a cidade engalanou-se para as bodas. Salvas de artilharia, iluminações, repiques de sinos e arcos triunfais saudaram o longo cortejo de carruagens, desde o Arsenal da Marinha até a Capela Imperial, onde se celebrou o casamento religioso. Encerrou-se a cerimônia com um Te-Deum cantado pelos professores da Imperial Câmara e música de autoria do próprio Imperador. D. Amélia adotou o costume que vinha da época do Consulado napoleônico: o “vestido de casamento” longo, branco e acompanhado de véu de renda, como o que usou Carolina Bonaparte para esposar o general Murat. (vide gravura Debret)
Apesar da pouca idade, D. Amélia veio para mudar a vida de D. Pedro I, mas, também a da sua Corte. Ao chegar ao paço de São Cristóvão, ficou impressionada com a desordem. O Imperador recebia a todos de qualquer maneira. Imediatamente tratou de disciplinar o palácio, impondo etiqueta e cerimonial, obrigando o cumprimento de horários e colocando o francês como língua oficial. Além disso, introduziu o refinamento dos serviços e da indumentária. Feminina, belíssima e moça, Amélia não só inspirou a Ordem da Rosa, condecoração criada pelo marido em sua homenagem, com a legenda “Amor e Fidelidade”, como consolidou nos trópicos, um savoir-vivre, característico das Cortes européias.
A seu pedido, D. Pedro renovou o mobiliário comprando um novo ao chileno Gabriel Arcos, recuperou cerimônias de ostentação, adquiriu tecidos finos, louças requintadas e objetos de decoração. O casal imperial recebia com monumental baixela em “vermeil”, atualmente pertencente à casa real sueca e com peças em prata executadas pelo célebre Odiot; Serviço de mesa de D. Amélia, com a inicial “A” em dourado ou o de casamento com cenas, paisagens, flores e frutos em policromia; Copos da família imperial em Bacarat e roupa de mesa em damasco, tendo nos cantos a inicial “A” sob coroa imperial.
A elegância da imperatriz era comentada na correspondência estrangeira. Ela gostava de usar diademas com pingentes e medalhões; brincos, broches e pentes de cabelo em aço cromado imitando brilhantes; mantos, redingotes e pelérines de tafetá com barras bordadas de canutilhos e lâminas de ouro; vestidos também com bordados no mesmo metal; colares de esmeraldas ou ametistas facetadas. Seus cabelos louros estavam sempre penteados em cachos ou em coque, emoldurando um rosto perfeito. Nos retratos, sua indumentária revela que a cintura fina era esmagada por cintos, as saias abriam em evasées, os tops em imensas mangas balão ou “jambon”. Foi o tempo em que os spencers, os sapatos de baile sem salto e as botinas de sarja fina entraram na moda. Em que as bolsas de mão foram substituídas pelo leque. Os decotes diurnos eram pequenos e arredondados. Para a noite, a linha nua do pescoço se prolongava até os largos decotes que morriam nos ombros.
O casamento de D. Pedro com a jovem D. Amélia representou um momento de calmaria em meio ao turbilhão de acontecimentos que caracterizou o Primeiro Reinado. Graças a esse matrimônio, D. Pedro voltou a ser o monarca amado por toda uma nação e envolvido num idílio amoroso digno dos folhetins então publicados nos melhores jornais do país.

sábado, 6 de julho de 2013

Projeto "Erico te convida a Ler!" fecha parceria com Universidade de Cruz Alta-UNICRUZ

Unicruz é parceira do projeto Erico te convida a ler




Reitora com a historiadora Juliana Abreu
     A reitora da Universidade de Cruz Alta Elizabeth Dorneles recebeu, na manhã de quinta-feira (04), a historiadora e gestora em arquivos Juliana Abreu, que atua no Museu Erico Verissimo. Durante o encontro, Juliana apresentou o projeto Erico te convida a ler, que está sendo executado na casa do escritor cruz-altense. O objetivo da iniciativa é tornar a leitura uma prática sociável, disseminando as obras de Erico principalmente entre crianças e idosos. Para isto, a família do escritor doou materiais bibliográficos para fazer parte da biblioteca do projeto. O horário de visitação ao Museu é das 9h às 11h30min e das 14h às 17h, de segunda a sábado.
Núcleo Integrado de Comunicação
E-mail: jornalismo@unicruz.edu.br

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Oficina de Mediação de Leitura- MEV

Projeto- "Erico Te Convida A Ler!"

Oficina de Mediação de Leitura.


Inscrições homologadas  até o momento:

Andriele Cristina Gonçalves Ferreira
Rafaela Dama Rodrigues
Bruna Katielli Rodrigues Florencio
Carine Rodrigues Oliveira
Caroline da Luz Moreira
Caroline Fiuza de Souza
Bianca Alves Oliveira
Marília de Barros 
Márcia Regina Sales

Realização:
MEV- Juliana Abreu- SMC

Apoiadores Culturais

Secretaria Municipal de Cultura
Erva Mate Missioneira
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social- Rosalia Freitag


Dúvidas Contatar Juliana Abreu pelos canais:
ericoteconvidaaler@gmail.com
55 81047056
55 3322 6448


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Erico Te Convida a Ler!



Contatos:
ericoteconvidaaler@gmail.com
55 81047056
j.khryscan@gmail.com
Fanpage; EricoTeConviaALer

Ou deixem seus comentários aqui.
Até o próximo pessoal.

domingo, 16 de junho de 2013

Erico Te Convida a Ler! Projeto Juliana Abreu

BOM SÁBADO A TODOS!

No dia 14 de junho de 2013, eu, Juliana Abreu e Emília Nascimento, estivemos visitando a residência do Luiz Fernando Veríssimo, onde fomos recebidos carinhosamente pela Fernanda Veríssimo (neta de Erico Veríssimo) e pelo Pedro Verissimo (neto de Erico).
O Objetivo foi oficializar o apoio da família ao projeto "Erico te convida a Ler" de autoria de Juliana Abreu em parceria com o MEV, com o apoio da S. M. Cultura, apoio do Secretário Julio Ferrera.
Esta é uma ação que está inscrita no Prêmio RBS de Educação. Com esse apoio, além da felicidade de poder melhorar o projeto em prol dos leitores do projeto, que por hora serão inclusos só por convite pessoal, o contato aumentou as proporções, iniciando uma biblioteca com a literatura de Erico e seus descendentes no MEV, esse acervo NÃO está disponível para empréstimo apenas para consulta no espaço( falar Juliana).
"Erico te convida a Ler" é uma iniciativa privada da Historiadora e Pesquisadora Juliana Abreu em parceria com o MEV, a Família Veríssimo, conta por enquanto com o apoio da SMC e estará lincado no Observatório Cultural de CA e busca outros apoiadores culturais em prol da Leitura em Cruz Alta.
Juliana Abreu
ericoteconvidaaler@gmail.com
55 81047056 Ju Abreu 



Entrando num quadro, famosa sala/escritório onde Erico recebia os amigos e personalidades e revisava seus escritos.

Juliana na referida sala, nem contente

O busto de Eça de Quiroz, que estava no escritório e vejo todos os dias no trabalho em um quadro gigante que me fita com o olhar mais intrigante. 

Juliana Abreu Pereira e Fernanda Veríssimo

Pedro Veríssimo, Fernanda Veríssimo, Emília Nascimento e a tagarela Juliana Abreu.


Aos poucos pessoal vou postar o Projeto, o público alvo, e as ações.
Um abraço e bom Domingo.

Contatem-me nos canais:
ericoteconviadaaler@gmail.com Sobre o Projeto
j.khryscan@gmail.com pessoal e demais pesquisas.



segunda-feira, 10 de junho de 2013

Assassinato de Ramsés III

Segundo pesquisadores, Ramsés III teve garganta cortada

AFP





Representação em papiro do reinado do faraó Ramsés II: a conspiração de membros do harém do faraó é conhecida através de documentos da época




Paris - O faraó Ramsés III teve a garganta cortada: concluíram pesquisadores baseados em raios X e análises de DNA para resolver um crime de 3 mil anos que confirma a chamada "conspiração do harém", um dos episódios mais sombrios do antigo Egito.



A conspiração de membros do harém do faraó é conhecida através de documentos da época, em particular o "Papyrus judiciaire" conservado em Turim e que relata a tentativa de golpe de Estado da rainha Tiyi, uma das esposas de Ramsés III.

Tiyi desejava levar ao trono seu filho, quando o sucessor legítimo de Ramsés III era o filho de Isis, a primeira esposa.

A rainha Tiyi se apoiava na crescente indignação popular contra o faraó, que vivia no luxo enquanto a fome ameaçava o Egito.

Apesar de viver restrita ao harém, Tiyi estabeleceu contatos com o exterior para armar o complô, que envolveu militares e até um sacerdote. Seu objetivo era simples: eliminar Ramsès III, provavelmente durante uma noite de prazer no harém.

Documentos oficiais revelam que a tentativa de golpe fracassou em 1.156 a.C, e que cerca de 30 envolvidos foram condenados, mas não informam o destino de Ramsés III, que tinha em torno de 65 anos.

Perdida por muito tempo, a múmia de Ramsés foi finalmente encontrada no final do século XIX, mas uma radiografia realizada nos anos 60 não revelou qualquer traumatismo no faraó.

Mas o especialista em múmias alemão Albert Zink, célebre por revelar os segredos de Ötzi, o caçador primitivo descoberto em 1991 nos Alpes, se debruçou sobre o mistério do destino de Ramsés III.



Com a ajuda de especialistas, incluindo Zahi Hawass, antigo responsável do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zink examinou a múmia de Ramsés III com imagens em 3D (três dimensões) e tomografia computadorizada, e descobriu um ferimento grave na garganta do faraó, exatamente sob a laringe, que havia passado desapercebido.

"O corte tem cerca de 70 mm (...) e foi feito com uma faca ou uma lâmina similar", destaca o trabalho, que será publicado nesta terça-feira no British Medical Journal.

"Sua extensão e profundidade indicam que o corte provocou a morte imediata de Ramsès III", destacam os pesquisadores.

A tomografia revelou ainda um corpo estranho junto ao ferimento: um amuleto de pedra, "O Olho de Horus", que os egípcios utilizavam em rituais de cura.

"A garganta cortada e o amuleto provam claramente que o faraó foi assassinado", conclui Albert Zink.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mistérios eclesiásticos no empobrecimento de uma Argentina que clama contra o populismo


Posted: 02 Jun 2013 08:30 PM PDT
Em abril, a Argentina foi um imenso cenário para mais um panelaço convocado por blogueiros contra o governo da presidente Cristina Kirchner. Foi o terceiro em sete meses.

Os políticos opositores, não menos desclassificados aos olhos dos manifestantes, saíram às ruas correndo o risco de passar vergonha. Para eles era tudo ou nada.

O presidente da oposicionista União Cívica Radical (UCR), Mario Barletta, fez um apelo horas antes do panelaço: “Temos de conquistar as ruas para derrotar a corrupção”. Mas a opinião pública argentina acha que a derrota da corrupção passa pelo saneamento de partidos ou de políticos como os da UCR.

O governo está com a popularidade em baixa. Os panelaços cresceram vertiginosamente. Se em 13 de setembro de 2012 cerca de 200 mil pessoas protestaram nas ruas de Buenos Aires, em 8 de novembro do mesmo ano elas eram 700 mil, além de outras 500.000 no resto do país.

Em abril de 2013, só em Buenos Aires protestaram por volta de 1 milhão de pessoas, segundo porta-vozes autorizados da prefeitura daquela capital.

Nas reclamações sobressaíam os pedidos de combate à crescente criminalidade, aos escândalos de corrupção de empresários amigos do casal Kirchner e ao uso abusivo da rede nacional de rádio e TV e da publicidade oficial.

Os líderes da oposição também mobilizaram os militantes que puderam contra a aprovação de uma reforma da Justiça talhada para julgar em favor do esquerdismo kirchnerista. A oposição acusa Cristina de manietar a Justiça, nomeando juízes políticos amigos da camarilha populista.

O governo falsifica de modo desavergonhado as estatísticas. Enquanto o Instituto Nacional de Estatísticas e de Censos (Indec) fala em um índice de pobreza inferior ao da Alemanha, o ministro de Economia não soube responder a uma jornalista da TV grega qual era o índice da inflação.

Relaçõoes ambíguas do esquerdismo político e o religioso
alvejam as elites tradicionais
O mistério da situação argentina tem também um foco quase nunca ressaltado pela imprensa: sua Conferência Episcopal.

De praxe, bispos e padres falam nos púlpitos contra a pobreza e em favor da partilha dos bens dos ricos.

Dos referidos prelados poder-se-ia então aguardar uma censura proporcionada ao empobrecimento induzido pelo governo ao país naturalmente tão rico.

E também ao enriquecimento desonesto de altos membros do governo, clamorosamente divulgado pela imprensa.

Mas, não!

Os elogios ditirâmbicos da partilha e da solidariedade se transformam em insinuantes aríetes contra as elites tradicionais e as categorias sociais que com seu trabalho sustentam e enriquecem o país.

Essas elites e as categorias análogas acabam sendo apontadas astuciosamente como réus do crime supremo da desigualdade social e econômica!

E as desastrosos efeitos socializantes do populismo kirchnerista é deixado num segundo lugar! 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Anjo, seu nome é Augusto

A morte de Augusto dos Anjos nos periódicos, em 1914.


Tendo morrido em 1914, de uma pneumonia, Augusto dos Anjos recebeu homenagens em Leopoldina, Paraíba e Rio de Janeiro, que foram registradas em jornais da época como O Paiz, o Correio da Manhã e o Imparcial, periódicos que circularam no Rio de Janeiro durante muitos anos e que registraram não apenas a presença do poeta naquela cidade, assim como sua obra.
Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03
O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04
Sobre a morte de Augusto dos Anjos, escreveu o "Imparcial", de 14 de novembro de 1914, p. 02:


"As letras brasileiras perderam ante-ontem um dos poetas novos que mais a dignificavam, pela sua originalidade, pela sua sinceridade e pela sua cultura: Augusto dos Anjos. Espírito votado, todo inteiro ao culto da ideia e da rima, que tratava como objetos da sua religião, Augusto dos Anjos era, talvez, o poeta mais perfeito, mais completo, da sua geração, no Brasil; Inimigo da "reclame", odiando o elogio mutuo tecia em silêncio a trama de seu verso, qual se cumprisse, nesse trabalho, como aranha do pensamento, seu verdadeiro destino na terra. Daí não ter seu nome soprado constantemente nas folhas, entre adjetivos mentirosos e retumbantes; daí não andar de roldão entre as nossas celebridades da Avenida, que tem a imortalidade dos cogumelos; mas daí também ter morrido com a consciência do seu valor e da impericibilidade do seu esforço na vida"

Jornais da região, como o Pharol, de Juiz de Fora, chegaram a publicar poesias de Augusto dos Anjos, anos depois de sua morte.
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02
O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02
Logo após sua morte vieram as primeiras manifestações de pesar e o reconhecimento do seu valor para a poesia brasileira. Anos mais tarde, não esquecido, encontramos textos extensos que analisam sua poesia, poesia essa que é publicada em revistas e jornais. 

FONTES:

Correio da Manhã, Rio de Janeiro de janeiro, 13 de novembro de 1914, p. 03
O Paiz, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1914, p. 04
O Pharol, Juiz de Fora, 01 de maio de 1915, p. 02
O Pharol, Juiz de Fora, 20 de maio de 1915, p. 02

A poesia chegou antes do poeta: Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos esteve em Leopoldina por um breve período. Aqui, em Leopoldina,  ele foi nomeado em 1914, Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, por indicação de José Monteiro Ribeiro Junqueira. Naquele mesmo ano Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina, devido a uma pneumonia,  no dia 12 de novembro de 1914.

O interessante é que , cinco anos antes de vir para Leopoldina, Augusto dos Anjos já era conhecido aqui, pela sua poesia. No dia 18 de julho de 1909 a Gazeta de Leopoldina, periódico de propriedade de José Monteiro Ribeiro Junqueira publicou uma de suas mais conhecidas poesias, "Versos Íntimos".


Gazeta de Leopoldina, Leopoldina, 18 de julho de 1909. p. 01.


Antes de se fixar em Leopoldina, Augusto mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1910. sua chegada chegou a ser noticiada nos jornais, uma vez que, além de advogado, pertencia a uma família influente na Paraíba. No entanto, atua muito mais como professor do que como advogado, o que pode ser comprovado, também, nos periódicos da Capital Federal, como "O Paiz", onde ele colocou anúncios diários oferecendo seus conhecimentos para ministrar aulas particulares em sua casa.


O Paiz, Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 1911, p. 08


No jornal, o Imparcial, aparece o anúncio do Colégio Sagrado Coração de Jesus. Nele há um Dr. Augusto dos Anjos, professor. Em 1914 seu nome não aparece mais, o que sugere que Augusto dos Anjos talvez tenha lecionado também naquela escola. conforme pode ser observado no recorte abaixo:


O Imparcial, Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 1914, p. 15.
Segundo referências bibliográficas do autor, disponíveis na internet, Augusto foi  nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II, em 1911. No entanto, a frequência com que os anúncios de aulas particulares aparecem no jornal é um indicador da necessidade do poeta de prover sua casa com um salário além daquele que recebe por suas aulas. O Augusto professor sofre já naquela  época com os baixos salários oferecidos pelo magistério. 

FONTES: 

Augusto dos Anjos - Poeta brasileiro. Disponível em: www.e-biografias.net/augusto_anjos/, acesso em 11/01/2013.


Gazeta de Leopoldina, Leopoldina, 18 de julho de 1909. p. 01.
O Imparcial, Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 1914, p. 15.
O Paiz, Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 1911, p. 08