terça-feira, 26 de agosto de 2014

Erico Veríssimo e seu berço Literário. Cruz Alta 193 anos de existência.


PAGU- A primeira presa política do Brasil

Pagu.


Escritora do romance Parque Industrial, Pagu foi uma notória militante comunista


Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, foi uma das mais polêmicas figuras femininas da história brasileira no século XX. Nascida no seio de uma família burguesa, em 1910, Pagu afastou-se de sua classe social, passando a militar junto ao Partido Comunista Brasileiro, o que lhe rendeu mais de 20 prisões.

Sua história foi permeada de ações que afrontaram a sociedade da época. Desde as vestimentas ousadas utilizadas até o hábito de fumar e dizer palavrões, Pagu distinguia-se das demais mulheres da sociedade brasileira.

Começou a escrever ainda na adolescência, aos 15 anos colaborava com o Brás Jornal sob o pseudônimo de Patsy. Aos 20 anos, aproximou-se do círculo de intelectuais burgueses paulistanos adeptos do movimento antropofágico. Sua proximidade maior foi com o casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Entretanto, dois anos depois, Pagu chocou a sociedade ao casar-se com Oswald de Andrade.

Os dois passaram a militar no Partido Comunista em 1930, ano em que ela incendiou o bairro do Cambuci, em São Paulo, ao protestar contra o Governo Provisório. Participou ativamente de uma greve de estivadores na cidade de Santos, onde foi presa pela polícia de Vargas, tornando-se a primeira presa política da história do Brasil.

Pagu foi libertada em 1933, quando publicou, sob o pseudônimo de Mara Lobo, o romance Parque Industrial, que foi considerado o primeiro romance proletário da literatura brasileira. Ela partiu logo após em viagem para a Europa e outros locais do mundo como repórter. Na França, passou a frequentar alguns cursos na Sorbonne e, em 1935, filiou-se ao Partido Comunista Francês. Foi pega pela polícia francesa com documentos falsos, o que lhe garantiu mais uma prisão. Foi liberada após intervenção do embaixador brasileiro Souza Dantas junto ao governo francês.

Pagu entrevistou Sigmund Freud e participou da coroação do último imperador chinês Pu-Yi, de quem obteve as primeiras sementes de soja que foram trazidas ao Brasil. Ao voltar ao país, separou-se de Oswald de Andrade, com quem tinha um filho, Rudá de Andrade. Retomou a atividade jornalística, sendo presa novamente pelas forças repressivas do Estado Novo, ficando cinco anos na prisão.

Desligou-se do PCB em 1940, aproximando-se do trotskismo. Colaborou na revista Vanguarda Socialista, da qual fizeram parte Mário Pedrosa e o jornalista Geraldo Ferraz, que iria se tornar seu segundo marido e pai de seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz. Passou a viver em Santos, onde se dedicou também às artes cênicas.

Na década de 1950, com a abertura política, tentou candidatar-se à deputada estadual, mas não obteve sucesso. Em 1962, foi diagnosticada com um câncer, tentando vencê-lo com um tratamento em Paris, objetivo que não foi alcançado. Ainda antes de morrer, nesse mesmo ano, publicou um último poema, chamado Nothing, veiculado no jornal A Tribuna de Santos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Neuschwanstein: O castelo de contos de fadas e seu passado nazista

Idealizado pelo rei Ludwig 2º como refúgio da vida pública, ele foi transformado pelos nazistas em esconderijo para arte roubada. Filme de Clooney enfoca o local, mas não é fiel aos fatos, criticam especialistas.



Estampado em cartões-postais, guias de viagem e até em produtos da Disney, o "castelo do rei de contos de fadas" atrai mais de 1 milhão de visitantes por ano. Seu idealizador, o rei Ludwig 2º da Baviera, foi declarado louco, antes de sua misteriosa morte por afogamento, em 1886. Semanas depois, Neuschwanstein abriu as portas ao público, e permanece até hoje uma das principais atrações turísticas na Alemanha.


Ludwig 2º da Baviera e sua então noiva, duquesa Sophie

A fortaleza de contos de fadas, porém, abriga um passado nazista que veio à luz recentemente com o filme Caçadores de obras-primas(Monuments men), dirigido por George Clooney. O drama da Segunda Guerra Mundial trata das tropas aliadas especiais encarregadas de proteger e localizar, durante o conflito, os tesouros roubados da Europa.

O excêntrico rei Ludwig 2º não concebeu o extravagante castelo de Neuschwanstein para fins de realeza, mas sim como refúgio à vida pública. Numa distorção perversa das intenções do monarca, foi exatamente isso que os nazistas fizeram com a arte roubada de suas vítimas, escondendo-a lá do olhar público.

Ordens de Hitler

"Revistem alojamentos, bibliotecas e arquivos dos territórios ocupados, à procura de material valioso para a Alemanha", ordenou Adolf Hitler à força-tarefa Rosenberg, a equipe especializada em saquear obras de arte, logo após as tropas alemãs invadirem a França, em 1940. Seu sonho era construir, com os tesouros roubados, um "Museu do Führer" em Linz, Áustria.

Entre 1940 e 1945, oficiais nazistas distribuíram as peças por diversos locais na Alemanha, incluindo mosteiros, minas de sal e castelos.


Hitler queria construir seu museu no local isolado e vizinho à Áustria

"Neuschwanstein foi escolhido como quartel-general da Einsatzstab Reichsleiter Rosenberg, a organização alemã para saques de obras de arte", revela a historiadora Tanja Bernsau. A localização no estado da Baviera, perto da fronteira com a Áustria e distante de Berlim ou de outros possíveis alvos, fazia do castelo um depósito ideal.

Embora tenha sido construído para parecer uma construção medieval, a joia arquitetônica ostentava as tecnologias mais avançadas de seu tempo: aquecimento central, descargas nos banheiros e um sistema elétrico de campainha para chamar os serviçais. A pedra angular foi lançada em 1868, mas o projeto não foi finalizado, deixando, assim, amplo espaço para armazenamento.


Cate Blanchett (na foto com Matt Damon) interpreta Rose Valland em 'Caçadores de obras-primas'

Espionagem artística

A maioria dos bens saqueados e armazenados em Neuschwanstein veio da França, e foi através de informações francesas que o Exército dos Estados Unidos chegou até o castelo.

Antes de sua morte em 2006, o "Homem dos Monumentos" e historiador de arte S. Lane Faison Jr. descreveu, para os Arquivos de Arte Americana, como foi a descoberta das obras. A peça-chave para o sucesso da operação foi a curadora francesa Rose Valland.

"Ela fingiu ser colaboradora [do regime nazista]", disse Faison. Valland trabalhava no Museu Jeu de Paume, um dos pontos centrais de coleta dos nazistas, antes do transporte dos saques para a Alemanha. Durante quatro anos, ela registrou secretamente para onde as obras eram enviadas.


"Adoração do Cordeiro Místico", dos irmãos Van Eyck, fez parte do saque nazista

Invasão do esconderijo

Os relatórios de Rose Valland levaram as Forças Aliadas até o castelo na Baviera. Lá chegando, em 1945, as tropas americanas descobriram uma vasta coleção de fichas de arquivo, listas e slides com detalhes sobre cerca de 21 mil itens. Entre as obras saqueadas estavam o Altar de Gante, dos irmãos flamengos Hubert e Jan van Eyck, a coleção privada de joias e mobília da família Rothschild, e as peças de ouro e prata da coleção David-Weill.

Uma exposição em cartaz nos Arquivos de Arte Americana da SmithsonianInstitution ressalta algumas dessas missões de resgate. Monuments Men: No front para salvar a arte da Europa, 1942-1946 mostra fotografias em preto e branco de soldados carregando caixas, tendo ao fundo o castelo de Neuschwanstein coberto de neve.

"Eles teriam preferido deixar as obras no castelo e organizar de lá a restituição à França", observa a historiadora de arte Tanja Bernsau. "Mas como a maioria das peças não estava armazenada em caixas e eram trabalhos valiosos em ouro e prata, por motivos de segurança eles decidiram realocar o material."


Soldados americanos resgatam obras roubadas em 1945

Resgate e restituição

Assim, as caixas foram transferidas para os pontos centrais de coleta de arte, dirigidos pelos EUA, com a incumbência de restituição ou a localização dos proprietários originais.

"E foi aí que começou a tarefa gigante", conta Iris Lauterbach, do Instituto Central para a História da Arte, em Munique. "As peças tinham de ser inventariadas, fotografadas e restituídas uma a uma. Historiadores e secretários americanos e alemães trabalharam juntos para restituir dezenas de milhares de peças."

Ao voltar à Alemanha em 1951, para supervisionar a entrega das operações dos EUA aos alemães, o historiógrafo S. Lane Faison ficou impressionado com a enormidade da missão.

"Um dos problemas mais tristes é que havia 'quilômetros' de móveis empilhados até o teto: cadeiras, mesas, objetos domésticos, tudo o que se possa imaginar, vindo de fontes judaicas", relatou Faison. "Mas o que fazer? E se alguém tivesse perdido seis cadeiras Louis 15, quais eram elas? Estariam conosco? Não havia como... não há meio de identificar esse tipo de coisa."


Filme de Clooney mistura elementos da história com ficção

A batalha continua

A identificação e restituição das obras continuam na Alemanha até hoje. Descobertas recentes de arte possivelmente roubada, como a relacionada ao colecionador Cornelius Gurlitt, continuam a ser manchetes de jornal. O filme Caçadores de obras-primas, recém-exibido no festival Berlinale, também lança luz sobre o trabalho dos responsáveis em preservar a arte durante a guerra, embora não agrade a todos.

"Eu não gostei do filme", opina Iris Lauterbach, do Instituto de História da Arte de Munique. Ela aprecia que o filme coloque o tema em debate, mas questiona se um leigo consegue processar os meandros do teatro de guerra europeu, os locais, as obras de arte que estavam em jogo. "O filme finge ser baseado numa história real, mas contém elementos fictícios demais."


Papel de Neuschwanstein na guerra não é mencionado em visitas guiadas

Quem procura detalhes da história, tampouco vai aprender mais visitando Neuschwanstein. A visita guiada pelo castelo inclui o luxuoso quarto de dormir do rei Ludwig 2º, a caverna artificial de estalactites e a cozinha, bem moderna para sua época. Porém não há nenhuma menção ao papel do local durante o nazismo.

"Não estamos tentando esconder esse fato", defende o porta-voz do castelo, Thomas Rainer. A administração quer se confrontar com o papel do local nesse sombrio capítulo da história alemã. O diretor do departamento de Palácios e Museus da Baviera escreveu recentemente um artigo sobre locais de resgate da arte durante a Segunda Guerra, ressalta Rainer. "Mas nós temos mais de 1 milhão de visitantes por ano e visitas guiadas que só duram 30 minutos. Nós focamos o que é possível, nesse tempo."

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Israel x Palestinos- Sionismo e anti-semitismo

Conflito histórico entre israelenses e palestinos (a partir do século 19)

Por motivos históricos, religiosos, políticos e materiais, israelenses e palestinos disputam continuamente pela soberania da Palestina, região do Oriente Médio. O conflito, que se insere no contexto maior das disputas entre árabes e israelenses, remonta ao século 19, quando o movimento sionista e o nacionalismo árabe começaram a ganhar forma. Reivindicada por ambos os grupos, a Palestina é o cenário de muitas narrativas bíblicas, sendo apontada como o local onde teria florescido a antiga monarquia hebraica, posteriormente desmembrada nos reinos de Israel e Judá. É também o berço de muitas outras civilizações semíticas, muitas das quais coexistiram com os povoados hebreus ou os que precederam.
Em 1897, em grande parte devido à intensificação do antissemitismo europeu, foi fundado o movimento sionista. Esse movimento pregava um retorno dos judeus à Palestina, além do estabelecimento de um estado nacional judeu na região. Organizações sionistas internacionais logo começaram a patrocinar a migração de judeus para a Palestina. A aquisição de terras por parte de imigrantes judeus foi vista com hostilidade por líderes árabes da região, que também passaram a lutar pela criação de um estado árabe. Entre 1920 e 1948, após a derrota do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial, o território da Palestina esteve sob controle do Reino Unido, que já havia declarado sua intenção de favorecer a criação de um estado judaico na região por meio da “Declaração de Balfour” de 1917.
Em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou um plano de partilha da Palestina, criando um estado judeu e um estado palestino. O acordo não foi aceito por palestinos e lideranças árabes, que iniciaram uma campanha militar contra o recém-fundado estado de Israel. A guerra árabe-israelense de 1948 culminou com a derrota dos exércitos da Síria, do Jordão, do Iraque e do Egito e com a expansão das fronteiras israelenses para além do que fora estipulado pela ONU. Em 1967, na Guerra dos seis dias, judeus e árabes entraram novamente em confronto, tendo Israel conquistado o território do deserto do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas de Golã. Quase todo o território palestino passou para as mãos de israelenses. Em 1982, os israelenses se retiraram da faixa de Gaza após assinar um acordo com o governo egípcio.
Entre 1987 e 1993, palestinos se sublevaram contra o estado de Israel em uma série de protestos violentos caracterizados pelo uso de armas simples, como pedras e paus, episódio que ficou conhecido como Intifada. Em 1993, em Oslo, Israel se comprometeu a devolver os territórios ocupados durante a guerra dos seis dias em troca de acordos de paz definitivos com as lideranças árabes, representadas pela Organização para Libertação da Palestina (OLP). Em 1998, foi assinado o acordo de Wye Plantation, por meio do qual os israelense entregaram aos palestinos várias áreas ocupadas.
Em julho de 2000, em Camp David (EUA), o líder palestino Yasser Arafat e o premiê israelense Ehud Bara se reuniram para fazer um acordo visando resolver questões mais delicadas, mas não obtiveram sucesso. No mesmo ano, teve início uma nova rebelião popular palestina contra Israel, a chamada “segunda intifada”. A partir de 2002, intensificaram-se os atentados terroristas e ataques suicidas organizados por grupos extremistas contra Israel. Como consequência, os israelenses invadiram áreas palestinas autônomas e cercaram a sede de Arafat em Muqata, onde o líder palestino permaneceu até sua morte, em 2004. Em 2005, Israel, por iniciativa do premiê Ariel Sharon, coordenou um amplo plano de retirada de assentamentos judaicos da região de Gaza.
Recentemente, a região assistiu a uma leva de atentados terroristas promovidos pela organização extremista palestina Hamas e à escalada da violência por parte das autoridades israelenses. O premiê Benjamin Netanyahu e o líder palestino Mahmoud Abas, ligado à Fatah, organização palestina moderada, continuam dialogando pela resolução de questões polêmicas.
Fonte  Relacionadas 
O Estado.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

La e de volta outra vez, não, não é Tolkin, mas são maravilhas do mundo real. GIGANTES

Olá de volta depois de um tempo, com tanto pra falar, mas sem saber por onde começar, bem minha cara, GIGANTES de pedra, aço e concreto. Obras incríveis em formato de arte-estátuas.

1. DAIBUTSU






ALTURA TOTAL - 120 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 100 m


LOCALIZAÇÃO - Tóquio, Japão


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1995


MATERIAL - Aço e bronze


Os 120 metros da estátua simbolizam os 12 raios de luz emanados do corpo de Buda, e as mãos nesta posição representam a aceitação de todas as raças do mundo


2. GUANYIN






ALTURA TOTAL - 108 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 88 m


LOCALIZAÇÃO - Sanya, China


ANO DE INAUGURAÇÃO - 2005


MATERIAL - Cobre


Guanyin é o "ser da iluminação", ou bodhisattva, da compaixão budista.A obra tem três faces: uma olha para a China, outra para Taiwan e a outra para o mundo


3. PEDRO, O GRANDE






ALTURA TOTAL - 96 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 96 m


LOCALIZAÇÃO - Moscou, Rússia


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1997


MATERIAL - Bronze


Criada para representar Colombo, era um presente russo aos Estados Unidos. Mas nenhuma cidade americana quis o mimo, e os russos mudaram a face para a do czar


4. BUDA CHINÊS






ALTURA TOTAL - 88 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 88 m


LOCALIZAÇÃO - Ling Shan, China


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1996


MATERIAL - Bronze


Para chegar até a base da estátua de Buda, é preciso percorrer uma escada com 99 degraus. A obra fica em uma espécie de parque budista, onde está o templo de Xiangfu


5. MOTHERLAND






ALTURA TOTAL - 85 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 85 m


LOCALIZAÇÃO - Volgogrado, Rússia


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1967


MATERIAL - Concreto e aço


Estátua de uma mulher com uma espada em punho, comemorando a vitória soviética em uma batalha. Na antiga União Soviética, várias obras receberam o mesmo nome


6. MOTHERLAND UCRANIANA






ALTURA TOTAL - 102 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 62 m


LOCALIZAÇÃO - Kiev, Ucrânia


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1981


MATERIAL - Metal


Na base, há um museu em memória aos saldados mortos na Segunda Guerra Mundial. Pesa 530 toneladas - só a espada pesa 9 toneladas!


7. KANNON






ALTURA TOTAL - 56 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 56 m


LOCALIZAÇÃO - Sanukimachi, Japão


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1961


MATERIAL - Cobre


É a versão japonesa da bodhisattva Guanyin, da posição 2 desta lista. Foi construída em memória de todos os que morreram durante as guerras


8. ESTÁTUA DA LIBERDADE






ALTURA TOTAL - 96 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 46 m


LOCALIZAÇÃO - Nova York, EUA


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1886


MATERIAL - Cobre


Foi um presente da França nos cem anos de independência americana. A estrutura foi projetada por Eiffel, o mesmo da torre de Paris


9. BUDA SENTADO






ALTURA TOTAL - 34 m


ALTURA SEM O PEDESTAL - 34 m


LOCALIZAÇÃO - Ilha de Lantau, Hong Kong


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1993


MATERIAL - Bronze


Estátua de Buda em uma flor de lótus, levou 20 anos para ser erguida. Simboliza a harmonia entre o homem e a natureza


10. CRISTO REDENTOR






ALTURA TOTAL - 38 m


ALTURA SEM O PEDESTAL -30 m


LOCALIZAÇÃO - Rio de Janeiro, Brasil


ANO DE INAUGURAÇÃO - 1931


MATERIAL - Concreto


No alto do Corcovado, nossa maravilha foi feita com uma tela de aço colocada sobre o molde de gesso, além da argamassa.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O porquê do 1º de MAIO.

Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade  de Chicago nos EUA.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

sábado, 22 de março de 2014

Petróleo do Futuro! ÁGUA....

A água doce está acabando

Mais de 1 bilhão de pessoas poderão sofrer com a falta de água em um futuro próximo. Essa foi a conclusão a que chegaram os mais de 400 cientistas que participaram, em Bruxelas, da segunda parte de um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Talvez ele quisessem dizer que outros 1 bilhão vão sofrer também com a falta d'água. Sim, porque o Greenpeace vem alertando há tempos que JÁ falta água para cerca de 1,7 bilhãode pessoas em todo o mundo. Alerta, também, que a água doce representa 2,5% do totalda água existente no mundo e desta, não podemos beber quase nada, pois 99,7% dela está nas geleiras e sob o solo, nos lençóis freáticos profundos (água subterrânea).

Essencial para a vida, a água doce já se esgota em muitas partes do planeta. O Brasil, com uma das maiores reservas do planeta, é um dos países que mais desperdiçam esse recurso. O uso doméstico consome cerca de 10% do total, e economizar água em casa faz muita diferença já que uma pessoa chega a consumir mais de 300 litros por dia na realização das suas atividades cotidianas. Por exemplo: a cada copo de água que você toma, outros dois copos são gastos para lavá-lo.

Por isso, combata o desperdício em qualquer circunstância.

Dizem que a água do planeta Terra está diminuindo. Ela vai acabar um dia? Existe previsão de quando isso vai acontecer? O que está sendo feito para resolver a situação?
engenheiro Léo Heller, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que a quantidade de água no planeta é a mesma nos últimos milênios e não deve mudar no futuro, ou seja, a água como um todo não vai acabar. O problema, porém, é que a quantidade de água de boa qualidade e disponível para o consumo humano – aquela que podemos usar para beber e cozinhar – está diminuindo.
Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas, enchentes e outros eventos que causam impactos nos rios e lagoas que abastecem as cidades. “Pouca coisa tem sido feita a respeito, mas é hora de planejarmos situações de emergência e de criarmos condições para que as cidades estejam mais preparadas para enfrentar a falta de água”, alerta Léo.
Se cada um fizer sua parte, o desperdício de água será cada vez menor. Pequenas atitudes como evitar banhos muito demorados, fechar a torneira enquanto escovamos os dentes e até mesmo regar as plantas ao amanhecer e ao entardecer já fazem uma grande diferença!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Morre um fragmento da História viva do Holocausto

 

Alice Herz-Sommer inspirou documentário que concorre a Oscar. Filho e amor à música foram incentivos para resistir aos nazistas.

Alice Herz-Sommer, que acredita-se ser a mais velha sobrevivente do Holocausto, morreu aos 110 anos neste domingo (23), segundo um membro de sua família. A morte da talentosa pianista aconteceu apenas uma semana antes de sua extraordinária história de sobrevivência durante dois anos em um campo de concentração nazista através da devoção à música e ao filho  concorrer a um oscar. Herz-Sommer morreu em um hospital após ser internada na última sexta-feira, disse sua nora, Genevieve Sommer.
“Todos chegamos a acreditar que ela simplesmente nunca morreria”, disse Frederic Bohbot, produtor do documentário “The lady in number 6: Music saved my life”. “Nunca tive dúvidas de que ela iria assistir ao Oscar”. O filme, dirigido por Malcolm Clarke, é um dos indicados na categoria melhor documentário de curta-metragem na cerimônia que acontece no próximo dia 2.
Herz-Sommer, seu marido e seu filho foram enviados em 1943 de Praga a um campo de concentração na cidade tcheca de Terezin (Theresienstadt, em alemão), no qual os prisioneiros tinham permissão para apresentar espetáculos dos quais ela participava com frequência.
Cerca de 140 mil judeus foram enviados a Terezin e 33.430 morreram ali. Aproximadamente 88 mil foram transferidos para Auschwitz e outros campos, onde a maioria foi morta. Herz-Sommer e seu filho, Stephan, estavam entre os menos de 20 mil a serem libertados quando o famoso campo foi liberado pelo exército soviético em maio de 1945. 
Ainda assim, ela se lembrava de “sempre rir” durante sua passagem por Terezin, onde a alegria por continuar tocando a fazia seguir adiante. “As pessoas ficavam sentadas lá, idosos, desolados e doentes, e elas vinham a esses concertos e a aquela música era para eles nosso alimento. A música era realmente nosso alimento. Através da música nós fomos mantidos vivos”, disse ela certa ocasião.
Embora nunca tenha descoberto onde sua mãe morreu após ser aprisionada e seu marido ter morrido de tifo em Dachau, na velhice ela não expressava amargura. “Somos todos iguais. Bons e ruins”, dizia. Herz-Sommer nasceu em 26 de novembro de 1903, em Praga, e começou a aprender a tocar piano aos cinco anos, com sua irmã. Quando criança, conheceu o escritor Franz Kafka, amigo de seu cunhado, e adorava ouvir as histórias do autor.
Alice se casou com Leopold Sommer em 1931. O filho deles nasceu em 1937, dois anos antes da invasão nazista à Tchecoslováquia. “Essa foi uma época muito, muito difícil, especialmente para os judeus. Eu não me importo, porque adorava ser mãe e estava cheia de entusiasmo por causa disso, então não me importei tanto”, contou.Em 1949, ela deixou a Tchecoslováquia para se encontrar com sua irmã gêmea Mizzi em Jerusalém. Ela lecionou no Conservatório de Jerusalém até 1986, quando se mudou para Londres. Seu filho, que alterou o primeiro nome para Raphael após a guerra, fez carreira como violoncelista. Ele morreu em 2001.
Anita Lasker-Wallfish, uma amiga que também esteve no campo de concentração, disse que Herz-Sommer ainda estava animada durante uma visita na semana passada. “Ela era realmente otimista”, disse, acrescentando que a dupla costumava jogar palavras cruzadas em um jogo de tabuleiro frequentemente, até que as vistas de Herz-Sommer começaram a falhar. “Ela começou a se sentir muito desconfortável e foi para o hospital na última sexta. Acho que chegou ao limite”. A amiga revelou ainda que Herz-Sommer tinha uma vida modesta, e que provavelmente recusaria toda a atenção da imprensa direcionada à sua morte. “Ela não se achava alguém muito especial. Ela odiaria qualquer estardalhaço”, disse.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Curiosidade Histórica: Você sabe pra que ser o furinho na lateral das Canetas BIC?

As canetas BIC são um sucesso, para dizer o mínimo. Todos os dias, milhares delas são vendidas ao redor do mundo. Não é à toa que é possível encontrar uma dessas canetas onde quer que você vá. Sem contar que sempre temos uma na bolsa, no escritório, na escrivaninha e por aí vai... Mastigadas, quebradas ou até mesmo sem a tampa, sempre tem uma caneta BIC por perto, não é mesmo?!
É divertido pensar que a motivação para criar uma caneta esferográfica veio de László Bíró, um jornalista húngaro que estava cansado de encher canetas tinteiro e ter de esperar que a tinta secasse após a escrita. E a ideia para a invenção veio no dia em que ele viu uma bola rolar sobre uma poça d’água, deixando um rastro de água por onde passava. A partir daí, ele se reuniu com seu irmão György, que era químico, para inventar uma versão comercialmente viável do objeto.
Fonte da imagem: Reprodução/Channel 4
Em 1938, os irmãos Bíró patentearam o design que trazia como diferencial uma pequena bolinha na ponta, que rolava e liberava a tinta do cartucho. Embora tenham existido versões anteriores de canetas esferográficas, boa parte delas não fez sucesso por apresentar vazamentos, ressecamento e problemas na distribuição de tinta. Dois anos depois, os irmãos começaram a licenciar o design para fabricantes dos Estados Unidos e da Inglaterra e em pouco tempo a história das canetas BIC teve início.

O segredo dos furinhos

Em 1950, o fabricante de canetas francês Marcel Bich lançou sua primeira versão sob a licença dos irmãos Bíró. Como precisava dar um nome para seu produto, o empresário adotou o próprio sobrenome com uma pequena diferença e criou a “BIC Cristal”. Além disso, ele resolveu mais algumas falhas que o design ainda apresentava e deu início à produção em massa e de baixo custo.
Para controlar melhor o fluxo, Bich investiu em tecnologia suíça para conseguir uma esfera que permitisse que a tinta corresse livremente. Além disso, ele alterou a viscosidade do produto para evitar vazamentos e ressecamentos. Foi nesse momento também que surgiu o furinho enigmático que fica na lateral de todas as BICs.
Fonte da imagem: Reprodução/Sight Unseen
Por mais inútil que pareça, esse furo serve para igualar a pressão atmosférica dentro e fora da caneta. Sem ele, não seria possível usar o objeto dentro de um avião ou no topo de um prédio bem alto, por exemplo. A diferença na pressão faria com que a caneta estourasse — e todo mundo sabe a sujeira que isso faz. Por esse motivo, os pilotos britânicos e americanos utilizaram largamente as canetas esferográficas durante a Segunda Guerra Mundial, por ser o único objeto com que se podia escrever com segurança no ar, o que também ajudou a popularizar o produto.
De acordo com o site da BIC, cerca de 90% das canetas produzidas hoje contam com esse recurso para evitar vazamentos. Mas as BICs ainda têm mais um furinho enigmático: em 1991, as canetas também ganharam uma abertura na tampa. Mas, dessa vez, o furo não tem como objetivo melhorar o funcionamento do objeto, e sim aumentar a segurança de seus usuários. As tampas têm um furo na ponta em cumprimento a uma medida de segurança internacional que pretende diminuir o risco de que crianças (e os adultos que costumam mastigar canetas BIC também!) se sufoquem com a peça, já que o furo permite a passagem de ar caso a tampa seja engolida.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Bandeira Positivista. Meu Brasil Brasileiro.


Ela foi inspirada em um lema do positivismo, corrente filosófica popular na época da criação da bandeira nacional, em 1889. Ela acreditava que a ciência era a única forma de progresso para a sociedade moderna. A frase original, cunhada pelo positivista Augusto Comte, era "o amor por princípio, a ordem por baixo e o progresso por cima". Já os outros símbolos foram herdados do estandarte na época imperial, mas ganharam novo significado. O retângulo verde, que passou a representar nossa natureza, antes remetia à Casa de Bragança (a família de dom Pedro I). O amarelo, hoje símbolo da riqueza mineral do país, era a cor da Casa de Lorena (da arquiduquesa dona Leopoldina, esposa de dom Pedro I). E o círculo azul era a esfera armilar, também presente na bandeira portuguesa do Império. Agora, indica nosso céu estrelado.