domingo, 23 de outubro de 2011

Brasil e a Lìbia- A voz da Presidenta.

Dilma apoia Líbia, mas diz que morte de Kadafi não deve ser celebrada

Presidenta afirmou que o mundo deve apoiar e incentivar o processo democrático da Líbia

iG São Paulo | 20/10/2011 14:56 - Atualizada às 15:41

A presidenta Dilma Rousseff reagiu nesta quinta-feira às informações sobre a morte de Muamar Kadafi na Líbia dizendo que o mundo deve apoiar e incentivar o processo de transição democrática no país, mas ressaltando que uma morte não deve ser "comemorada". "A Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja", disse a presidenta.

Foto: AFP
Presidenta brasileira, Dilma Rousseff, recebida com honrarias militares em Luanda, Angola
A declaração foi feita pela presidenta à imprensa em Angola, durante seu giro pela África, após ser questionada sobre a captura e morte de Kadafi. Dilma havia sido informada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da captura do líder líbio e das imagens mostrando-o aparentemente morto.
"O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve – eu não acho que comemorar é a palavra – apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia."


A presidenta enfatizou a necessidade de reconstruir a Líbia e traçou paralelos entre a nação e Angola. Último país de seu giro de quatro dias pela África, Angola passou por uma guerra civil que durou décadas e só terminou em 2002.
A reação de Dilma à morte de Kadafi ocorreu ao mesmo tempo em que líderes de diversos países ocidentais comemoraram o "fim da tirania" com a morte do líder deposto, que esteve por 42 anos no poder.
O primeiro a fazer um anúncio público foi David Cameron, dizendo que hoje é um dia para o mundo lembrar as vítimas de Kadafi ou do terrorismo apoiado "pela Líbia". Ele citou a explosão de um avião da Pan-Am em 1988, cujo único condenado é um líbio, que, depois de anos em prisão escocesa, foi libertado em 2009 por conta de seu estado de saúde.
O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que agora era o momento para a "reconciliação na unidade e liberdade", segundo informou a agência Reuters. Ele afirmou que os eventos anunciados nesta quinta representam o começo do processo democrático na Líbia.
Tanto o representante francês quanto o britânico estiveram em Trípoli em setembro, um mês depois da capital ter sido controlada pelos então rebeldes.
A morte de Kadafi, que estava foragido desde agosto, foi anunciada nesta quinta pelo premiê do CNT, Mahmoud Jibril. "Esperávamos por esse momento há muito tempo. Muamar Kadafi foi morto", disse Jibril durante uma coletiva na capital do país, Trípoli.

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