terça-feira, 21 de junho de 2011

Correio Braziliense

Devido à censura Régia no Brasil, Hipólito José da Costa lançou, em Londres, no dia 1º de junho de 1808, o Correio Braziliense ou Armazém Literário, cujo conteúdo despertou o ódio e o revanchismo dos políticos corruptos e do clero retrógado (Inquisição). O mensário era impresso em português e teve sua circulação proibida, sendo vendido clandestinamente no Brasil e em Portugal. Iniciou, sua circulação, sendo impresso na oficina tipográfica do Sr. W. Lewis, na rua Paternoster – Row. A partir de 1816, passou a ser impresso nas oficinas de L. Thompson também em Londres. A denominação de Armazém Literário era devido à variedade de temas que apresentava em suas páginas.
Hipólito José da Costa, através do seu periódico, apontou os erros da administração portuguesa no Brasil, lutou pela liberdade de expressão, combateu a nobreza parasitária e a escravidão. Os ideais liberais foram a força motriz do seu jornal e prepararam a geração politicamente responsável pela concretização da nossa independência em setembro de 1822.
As edições variavam de 80 a 140 páginas, sendo que o número de agosto de 1812 circulou com 236 páginas. O mensário circulou, de junho de 1808 a dezembro de 1822, somando 175 edições agrupadas em 29 volumes. O Correio Braziliense possuía as seguintes seções: Política, Comércio e Artes, Literatura e Ciências, e Miscelânea que abrangia Reflexões sobre as novidades do mês e Correspondência. Nas reflexões eram debatidos assuntos relativos ao Brasil. O exemplar avulso no Rio de Janeiro custava a importância de 1.280 réis.
O Correio Braziliense encerrou sua circulação em dezembro de 1822, quando seu editor concluiu que sua missão doutrinária havia terminado. Na edição de número 173, Hipólito José da Costa, anuncia e comenta a Independência do Brasil, acreditando que ocorrera, no dia 03 de junho de 1822, data da convocação da Assembléia Constituinte do Brasil. O Periódico circulou durante 14 anos e meio, mantendo-se sempre fiel aos objetivos para os quais foi criado: lutar pela liberdade de pensamento e combater o despotismo dos poderosos.
(Pesquisa e redação: Carlos Roberto S. da Costa Leite )

Um comentário:

  1. Agradeço por compartilhar meu texto.

    Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite / Coordenador do Setor de Imprensa do MUSECOM.

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