quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Afinal o que é conhecimento e não conhecer.......

Lendo a resepito vez ou outra, eu sempre me pego em uma inerente questão conhecimento, adquirimos como algo que possamos captar no ar, nas páginas de um livro, na conversa com um griot ou é algo que envolve além do fator externo algo mais íntimo, mais orgânico e portanto mais inato ao ser Humano e vai saber se alguns animais não conseguem se adaptar a esses estímulos. Mas o que estou tentando desvendar é como algo totalmente desconhecido, as vezes temido ou ignoirado passa a fazer parte de nossa vida, sendo conhecido, mas isso assim ainda não seria conhecimento, ou seria? bem andei lendo um livro dalguem mais intrigado do que eu e talvez mais tendencioso nesse assunto, mas enfim..
Já que filosofar é pensar, discutir, raciocinar, conhecer, de onde tudo vem?
Como sabemos qual entidade despertou o primeiro ato de fé e se foi espontâneo?
Como chegamos aos resultados matemáticos, ou conhecemos o funcionamento de determinado tema?
A biologia genética afirma que em nossos genes está um rastro para onde seguiremos, que serão determinantes no desenvolvimento de aptidões físicas, desenvolvimento de doenças, tendências sexuais e comportamentais e por ai vai.
Mas quem somos?
Para essa resposta, dependemos de uma série de fatores, além dos genéticos, como o ambiente onde nascemos, fomos criados, pessoas que nos cercaram e influenciaram.
Por isso, até o que realmente somos não depende apenas de nós. Filósofos como Platão, Agostinho e Descartes, acreditavam que o homem já nasce com suas idéias.
Contra essa teoria, Locke criou o “Ensaio acerca do entendimento humano”, no século XVII, inaugurando o empirismo britânico.
Mesmo vivendo no século 21, nós recorremos a filósofos que viveram à dois séculos ou mais para explicar determinados conceitos, já que nada mais coerente surgiu, que discorde desses princípios, além de algumas alucinações, hehehehe, mas talvez com sentido.
Locke acreditava que nascer com uma idéia é totalmente inadequado já que não temos, obviamente, todos, as mesmas idéias felizmente.
Dizia que somos como uma folha em branco que vai sendo escrita na medida em que vivemos e experimentamos.
Isso quer dizer, tudo o que experimentamos torna-se conhecimento, por meio do processo lógico, mas nada “surge” sem experimentar. Mas ai eu questiono, experiência, se a experiência serve como conhecimento seria o conhecimento tão vazio. Posso tocar um fruto até então desconhecido pra mim, por exemplo a jabuticaba, em se tratando de conhece-la toquei-a por isso a conheci? E seu sabor, e o fato de ser comestível, e de onde vem dá em árvores é plantada, surge da terra, quem a trouxe até mim, pra que serve, ela dura pra sempre, só existe uma.........., enfim conhece-la tocá-la neste caso, não me satisfaria e de maneira alguma seria conhecimento pra mim, mas Hume, simplificadamente, discordava das idéias e tentativas de ancorar argumentos e explicações em crenças ilusórias ou projetivas.

Acreditava que tudo o que sabemos e conhecemos não vem, senão, por meio da experiência que vivemos, do que observamos e pudemos conhecer.

Faça uma experiência, suspenda um objeto no ar com suas próprias mãos e em determinado momento largue-o, sabe o que irá acontecer?

Não é difícil saber que este objeto cairá… simples, não parece?

Mas qual foi o processo e toda a construção neuronal que você precisou para hoje ver isso com simplicidade e superficialidade?

Quantas vezes observou, re-observou, constatou e acreditou? E é no empirismo de Hume que me ancoro em determinado momento pra dizer que a jabuticaba tem de ser experimentada, buscada, apreciada para ser aprendida.
Nosso trabalho é uma experiência, o processo experimental que  irá nos levar a conhecer o processo envolvido nele.
Nossas idéias são fornecidas através da experiência, assim, tudo o que conhecemos vem de fora de nós, assim, os objetos do conhecimento são externos e nos chegam através de nossa percepção, esta sim, individual, interior, que será a que processará e dará cor ao que chega, é o acabamento final.
Imagine um desenho, ele virá pronto, ele é, independente do que você quer, ali ele está, só que sem cor.
Nós colorimos, enfeitamos e damos a aparência final.
Mas e a percepção?
Ainda, segundo Locke, vem através da sensação que recebe os objetos externos de forma individual, daí uns gostam de determinada comida, suportam certa temperatura, gostam ou não de natureza, de animais etc…
E o toque final da sensação é a reflexão, o sentido interno, o processo mental que pintará o objeto, gerando dúvidas, crenças, desejos e o conhecimento final.
Se todo conhecimento vem da experiência, por quê nos recusamos a experimentar e vivenciar?
Se alguem tiver algo a acrescentar, estou sempre por aqui;;;;;;;;;;;;

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